A Soja. As Bolsas de Chicago. As Cotações. As Posições mais Negociadas



 Mais uma semana começa com altas bastante expressivas para os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago. As cotações, por volta de 6h20 (horário de Brasília) desta segunda-feira (24), subiam de 15,50 a 22,75 pontos entre as posições mais negociadas, como o agosto ainda acima dos US$ 15,00, valendo US$ 15,18 por bushel, enquanto o novembro – referência para a safra americana – tinha US$ 14,18.  

O mercado da soja acompanha a nova disparada dos grãos, liderada pelo trigo que sobe quase 6% na CBOT na manhã de hoje, seguido pelo milho, com mais de 4% de alta entre os vencimentos mais negociados. O óleo de soja registra alta de mais de 2%, e o farelo acompanha e também opera do lado positivo da tabela.

As tensões se escalando entre Rússia e Ucrânia continuam a servir de combustível para as altas dos grãos em Chicago e nas demais bolsas internacionais.  “A Rússia continua com seu plano de ataques as instalações portuárias da Ucrânia, limitando as exportações de grãos do país e com isso reduzindo a oferta para os países importadores, o que pode ajudar a colocar prêmio sobre CBOT. Os fundos, ao mesmo tempo, melhoraram suas posições em aberto em Chicago”, explica o diretor geral do grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. O executivo explica ainda que o clima no final de semana foi de tempo seco no Meio-Oeste americano, o que continua fragilizando a safra 2023/24 dos Estados Unidos e dando ainda mais espaço aos ganhos dos grãos na CBOT.

“O final de semana  foi de chuvas bem abaixo das expectativas e com temperaturas mais elevadas do que estamos observando nos últimos tempos. O lado oeste do Corn Belt tem recebido menos chuvas, com temperaturas mais elevadas, enquanto o lado leste, tem recebido chuvas e temperaturas mais brandas. O mês de julho tem sido melhor em termos de índices pluviométricos  do que foi Junho e Maio, mas mesmo assim, as chuvas não foram suficientemente fortes para repor a deficiência hídrica de muitas áreas do Corn Belt”, diz.

E ele ainda complementa dizendo que as previsões para “os próximos 10 dias mostram que os modelos estão em boa sintonia, quando apontam prognósticos com chuvas abaixo do normal e temperaturas em elevação”. Não só nos EUA é que o clima preocupa, mas os extremos registrados mundo afora com o El Niño já em andamento, o que contribui para as altas. 

“O clima no resto do planeta mantém irregularidades devido ao fenômeno El Nino. A China tem recebido chuvas abaixo do normal em grandes áreas produtoras. Já a Europa, cuja seca tem assolado alguns países e também devido às altas temperaturas,  tem previsão de chuvas nesta semana”, conclui Sousa

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