Macapá. A Praça. O Contrato de R$ 5 Milhões. O Cassio Cruz. A Propina de R$ 10 Milhões



 O secretário municipal de obras de Macapá, Cassio Cleiden Rabelo Cruz, que no ano passado foi acusado de receber propina, acaba de chancelar a contratação da empresa Santa Rita Engenharia, pela bagatela de R$ 5.122.722.22 (cinco milhões, cento e vinte e dois mil, setecentos e vinte e dois reais e vinte e dois centavos), para a construção de uma praça na zona urbana de Macapá. A empresa, que tem sede em Belém e Macapá, tem capital social de R$ 16 milhões e tem como principais sócios Fabrizio de Almeida Gonçalves e Rodrigo de Queiroz Moreira.

Propina – Ano passado, o empresário do ramo da construção civil, Claudiano Monteiro de Oliveira acusa o secretário de Obras e Infraestrutura Urbana de Macapá (AP), Cássio Cruz, de ter recebido propina em um contrato de R$ 10 milhões, reajustado para R$ 15 milhões, para construção de uma praça. Processado por calúnia pelo secretário por ter feito as acusações em uma rede social, o empreiteiro confirmou a denúncia em depoimento prestado à Justiça, no último dia 2 de agosto.

Monteiro é proprietário de duas empresas em Macapá, a XC Casa Construção e a Construmas. Ele afirma que a licitação para a construção da praça Jacy Barata, às margens do Rio Amazonas, aconteceu em 2020. O contrato foi assinado em 2021, e as obras começaram em 2022. No final daquele ano, o empreiteiro conta ter recebido R$ 1,2 milhão da prefeitura, referente à segunda medição, como são chamadas as etapas da obra.

Desse valor, o empresário disse ter repassado 5% para um “superior” de Cássio Cruz e, em seguida, teria recebido a cobrança para pagamento da parte do secretário, de R$ 20 mil. O empreiteiro contou ter pago apenas a metade do valor em espécie, dentro de um carro. Na mesma ocasião, um outro empresário teria pago R$ 30 mil a Cruz, referente a outro contrato. O acerto era que os pagamentos fossem feitos a cada medição da obra. Em respeito ao contraditório, O Antagônico deixa aberto o espaço para, caso queiram, a prefeitura e o secretário se manifestem.


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