Um juiz federal ordenou, na segunda-feira, 10, que o estudante palestino da Universidade de Columbia Mahmoud Khalil não seja deportado por enquanto, como parte da repressão do presidente dos EUA, Donald Trump, a manifestantes anti-Israel, e marcou uma audiência no tribunal sobre o caso para quarta-feira. Trump denunciou publicamente Khalil e disse que mais prisões ocorreriam. Khalil foi transferido para uma prisão federal para migrantes na Louisiana para aguardar os procedimentos de deportação, de acordo com seus advogados e um banco de dados de detentos dos EUA.
Manifestantes nas ruas da cidade de Nova York, o procurador-geral do Estado e uma entidade de direitos civis denunciaram a prisão do estudante de pós-graduação da Faculdade de Relações Internacionais e Públicas da Universidade de Columbia por agentes do Departamento de Segurança Interna dos EUA como um ataque à liberdade de expressão. A polícia e centenas de manifestantes entraram em um breve confronto na parte baixa de Manhattan e pelo menos uma pessoa foi detida, de acordo com uma testemunha da Reuters. Ainda na segunda-feira, o juiz distrital Jesse Furman suspendeu sua deportação “a menos e até que o Tribunal ordene o contrário”.
Os advogados de Khalil também pediram a Furman que ordenasse o retorno de Khalil a Nova York. Eles acusaram o governo de tentar privar Khalil de acesso a um advogado, enviando-o para longe de Nova York. Khalil foi uma figura proeminente no movimento estudantil pró-Palestina de Columbia, que no ano passado agitou os campi. “Esta é a primeira prisão de muitas que virão”, escreveu Trump em uma publicação nas redes sociais nesta segunda-feira. O governo Trump não diz se Khalil é acusado ou se está sob alguma denúncia de crime, mas Trump escreveu que sua presença nos EUA é “contrária aos interesses nacionais e de política externa”.
Desde que retornou à Casa Branca, Trump tem criticado a maneira como a Universidade de Columbia lidou com os protestos, dizendo que a instituição permitiu o assédio antissemita “dentro e perto” de seu campus. O presidente escreveu em sua publicação de segunda-feira que alguns estudantes de Columbia tinham se envolvido em “atividades pró-terroristas, antissemitas e antiamericanas” que ele não toleraria.
Khalil e outros ativistas observaram que há estudantes judeus entre os organizadores do protesto e dizem que suas críticas a Israel e ao apoio do governo norte-americano estão sendo erroneamente confundidas com antissemitismo. Na contestação da detenção apresentada no domingo ao tribunal federal de Manhattan, Greer pediu que um juiz determine a libertação de Khalil e que o Departamento de Segurança Interna seja impedido de transportá-lo para fora de Nova York.
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