Santarém. O Golpista. A Prisão. A PC do Rio de Janeiro. A Operação “Contra Golpe”



 Uma grande operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro ecoou no Pará, mais precisamente em Santarém, a “Pérola do Tapajós”. Esta semana, a PC carioca deflagrou a operação “Contra Golpe,” destinada a desarticular uma quadrilha especializada em fraudes financeiras contra idosos em várias regiões do Brasil. Entre os alvos da operação está o santareno Pedro Dinele Marinho de Souza, cuja prisão preventiva foi decretada pela 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).

Os policiais cumpriram 8 mandados de prisão no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Pará e no Ceará. O grupo movimentou o dinheiro com golpes que eram aplicados por meio de mensagens enviadas para os telefones celulares das vítimas. Até o momento, quatro suspeitos foram presos em outros estados. A Polícia já prendeu Cleber de Araújo, Elton Júlio Emílio da Silva, Breno Pedro da Silva e Josiane dos Santos Vasconcelos. Os 8 alvos da operação foram indiciados pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Além da prisão preventiva, a Justiça determinou o bloqueio de todas as contas bancárias.

As movimentações em diversas contas bancárias, aliás, eram usadas como uma forma de despistar o rastreamento de órgãos fiscalizadores no processo de lavagem de dinheiro. Por conta do tamanho das movimentações, os investigadores suspeitam da participação de pelo menos outras 30 pessoas no esquema, considerado um dos maiores em atividade no país. Apenas um dos investigados, por exemplo, tinha 40 contas abertas no próprio nome. A operação também mira a identificação de outros participantes do esquema.

Uma das vítimas da quadrilha, um homem, perdeu R$ 1,17 milhão. O golpe começou quando ele recebeu uma mensagem de texto no celular sobre um suposto desconto na fatura do cartão de crédito. Ele clicou em um link enviado e os bandidos tiveram acesso à conta bancária da vítima e à fatura do cartão. Eles conseguiram, inicialmente, movimentar cerca de R$ 130 mil. Depois disso, os criminosos seguiram em contato com o idoso e o convenceram a seguir fazendo transações bancárias para a quadrilha. Os bandidos o convenceram de que os valores dos depósitos seriam devolvidos e que ele estava colaborando com uma investigação da Polícia Federal.

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