A fumaça que tem afetado Manaus desde domingo (3) vem de queimadas no Baixo Amazonas e na Calha do Tapajós, no oeste do Pará. A confirmação foi feita pela Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas (Sema) nesta segunda-feira (4).
O Amazonas está em estado de emergência por conta das queimadas e a capital amazonense vive mais uma onda de fumaça ocasionada pelos focos de calor que atingem a Amazônia. Só em outubro, foram mais de 2,5 mil queimadas e, com isso, o mês já é considerado o segundo pior desde 1998, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começou monitorar o avanço do fogo na floresta.
Já nos primeiros três dias de novembro, foram 115 queimadas no estado e 2.396 em toda a Amazônia Legal, segundo a Sema. Na manhã desta segunda-feira (4), a capital amazonense acordou com a qualidade do ar variando entre muito ruim e péssimo.
Em nota, a Sema explicou que a falta de chuvas ajuda a piorar a situação, uma vez que não consegue dissipar a fumaça ocasionada pelas queimadas. “O fluxo de ventos regionais, provenientes do oceano Atlântico de nordeste para oeste, traz a massa de fumaça em toda a calha do rio Amazonas até a Região Metropolitana de Manaus”.
Segundo a Defesa Civil do Amazonas, a intensidade da fumaça resulta tanto das queimadas locais quanto das condições atmosféricas desfavoráveis, que mantêm a fumaça próxima à superfície, além do transporte de partículas vindas de outras regiões pela ação dos ventos. “O Amazonas é o estado brasileiro com o maior número de sensores para monitoramento da qualidade do ar. A Sema, em parceria com a Defesa Civil, realiza a monitorização diária de todos os municípios do estado. A iniciativa é resultado de um termo de cooperação entre o Governo do Amazonas e a Embaixada da Coreia do Sul”, disse a secretária.
Focos de calor no último quadrimestre no AM:
Julho: 4.241 focos de calor (o pior dos últimos 26 anos);
Agosto: 10.328 focos de calor (o pior dos últimos 26 anos);
Setembro: 6.879 focos de calor (o 3º pior dos últimos 26 anos).
Outubro: 2.557 focos de calor (o 2º pior dos últimos 26 anos).
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