O botafoguense Sebastião de Moraes Filho discutia com o palmeirense Roberto Zampieri o desenrolar de campeonatos de futebol. O turista Sebastião de Moraes Filho reclamava com o mato-grossense Roberto Zampieri do calor da cidade de Roma nas férias, comparável somente às temperaturas escaldantes de Cuiabá, onde o primeiro atuava como desembargador e o último como advogado.
Vistas no atacado, as conversas sobre amenidades de duas pessoas que se conheciam há 25 anos, armazenadas no celular de Zampieri e analisadas pela Polícia Federal como peça-chave para desvendar as circunstâncias do assassinato do defensor, poderiam mostrar uma relação de quase subserviência em relação a Moraes Filho, a quem visitava frequentemente.
Sob o viés criminal, porém, certos diálogos evidenciam pedidos para votar ou deixar de votar em processos de interesse do advogado, comunicados de transferências de valores via PIX para parentes do magistrado e até a discussão sobre barras de ouro que investigadores não têm dúvida se tratar de propina para o juiz. A revista VEJA teve acesso ao conteúdo explosivo do telefone do advogado Roberto Zampieri.
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