Olha só essa história: três pessoas foram presas nas cidades da Serra e em Cariacica, na Grande Vitória, no Espírito Santo, suspeitas de participar de roubo milionário em apartamento de Vila Velha em julho deste ano. Na época, a diarista da casa, Hérica Lucide Custódia, de 44 anos, já tinha sido presa em flagrante. A Polícia Civil divulgou que além dela ter facilitado a entrada dos suspeitos no imóvel, também planejou o crime após descobrir cofres dentro da casa.
Foram detidos a advogada dos suspeitos, de 42 anos; a filha da empregada, de 22 anos; e um dos homens que entraram no apartamento, conhecido como “Gordinho”, de 29 anos. Os nomes dos presos não foram divulgados porque eles ainda serão denunciados. Na prisão dos suspeitos, a polícia apreendeu R$ 120 mil, uma arma e munição.
Diego Souza Ferreira, de 37 anos, que também entrou no apartamento, está foragido. Ele tem passagens por tráfico de drogas e roubo. Um quinto suspeito que veio de São Paulo para participar do crime ainda não foi identificado. Os presos vão responder por furto, lavagem de dinheiro, comércio ilegal de arma de fogo e associação ao tráfico de drogas. Além disso, Gordinho responderá por adulteração de veículo automotor.
O crime – O delegado Gabriel Monteiro, chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), explicou que Hérica trabalhava na casa da família há um ano e assim que descobriu os cofres convidou Gordinho e Diego Souza Ferreira para participarem do crime. O Diego, a Hérica e o Gordinho promoviam diversas festas na região de Cariacica, onde eles moravam, e já se conheciam nessa questão. E ela, como trabalhava na casa dessa empresária, conseguiu ter informações privilegiadas que era o cofre e alguns malotes”, pontuou o delegado.
Os três chamaram um homem de São Paulo que tinha experiência em roubos para ajudar a organizar a ação. Imagens de câmera de segurança mostram Gordinho e Diego saindo do apartamento. Na rua, eles aparecem com uma mala, mochila e uma sacola, onde estavam dois cofres com mais de R$ 1 milhão em joias e dinheiro. Eles tiveram acesso ao apartamento por meio da liberação da Hérica, que estava sozinha.
Depois do crime, uma advogada foi contratada. Além de acompanhar o processo, ela é suspeita de ocultar o dinheiro. “Nós conseguimos comprovar que a advogada estava cuidando do dinheiro, ou seja, ocultando esse dinheiro, o que ultrapassa os limites da advocacia. E, além disso, ela estava participando do comércio de armas de fogo”, disse o delegado.
Na época, a dona do imóvel desconfiou da diarista porque o local não estava com sinais de arrombamento. A filha da doméstica também é investigada. A polícia acredita que ela teria pego dinheiro com a advogada e comprado armas.
Hérica já tinha passagem criminal em 2016 por tráfico de drogas e maus-tratos. Ainda de acordo com a investigação, ela caiu em contradição várias vezes durante o depoimento e ainda “criou” uma cena onde foi encontrada amarrada dentro do apartamento após o crime.
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