O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, informou neste domingo que as eleições deste ano tiveram uma apreensão recorde de R$ 21 milhões em dinheiro vivo. Segundo ele, esse volume é bem maior do que o confiscado no pleito de 2022 (R$ 5 milhões) e 2020 (R$ 1 milhão) e representa uma marca histórica no trabalho da corporação.
— Isso demonstra uma atuação muito firme da polícia judiciária eleitoral. Há um problema de recursos significativo nas campanhas eleitorais. O nosso trabalho coordenado tem trazido bons resultados — disse o diretor-geral da PF durante visita ao Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), em Brasília. Na sala, representantes das Secretarias de Segurança Pública dos 26 Estados acompanham a atualização dos dados sobre ocorrência de crimes eleitorais e prisões em flagrante no país.
Rodrigues também afirmou que as eleições estão ocorrendo dentro da normalidade sem ocorrências graves. — O pleito está transcorrendo num processo de normalidade, com uma ou outra rara exceção. Isso nos aponta que estamos no caminho certo, com as operações que fizemos com cumprimentos de mandados de busca e apreensão, prisões em flagrante e apreensão de bens significativos — acrescentou ele.
Em um balanço divulgado às 15h, a Polícia Federal informou ter registrado 168 casos na manhã da eleição, incluindo 34 inquéritos policiais instaurados, 70 termos circunstanciados lavrados e 64 situações de fragrante. O estado com o maior número de registros até o momento é o Rio de Janeiro, com 23 ocorrências. Ainda segundo a PF, foram apreendidos apenas neste domingo R$300.596,00, sendo R$184.368,00 em espécie. E que os principais crimes apurados são propaganda irregular e corrupção eleitoral – compra de votos.
Entre as “exceções”, o chefe da PF relatou hoje a prisão de dois candidatos a vereador em Boa Vista. Eles são suspeitos do crime de corrupção eleitoral. — Não tenho como comentar nenhum caso concreto. Toda pessoa que portar dinheiro tem que esclarecer a origem e o destino e as razões pelas quais têm esses valores consigo — disse Rodrigues.
Dinheiro vivo- Uma das maiores apreensões de dinheiro vivo ocorreu nesta sexta-feira na cidade de Castanhal, no interior do Pará. Três homens foram presos após sacarem R$ 4,98 milhões de uma agência bancária. Dois deles são servidores públicos. Uma investigação preliminar da PF apontou que o dinheiro seria utilizado para a compra de votos.
Outro episódio ocorreu na noite desta quinta-feira, quando cerca de R$ 1,8 milhão em espécie foi encontrado dentro de veículos estacionados em um centro empresarial na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Um dos investigados é suspeito de praticar corrupção eleitoral e lavagem de dinheiro.
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