O TRE do Pará. O Pedro Oliveira. A Suspeição Suspeita. O Fecury. A Execração. A Corte e o Repúdio



 A disputa no TRE-PA para a vaga destinada aos advogados segue a todo vapor, estando designada para a manhã desta quarta-feira,18, a formação da lista tríplice, pelo TJ do Pará, que será encaminhada ao TSE e em seguida ao Presidente da República, que escolherá o ocupante da vaga. Como é de praxe, nesse período os advogados interessados fazem seus movimentos visando angariar votos dos desembargadores e, por óbvio, compor a lista tríplice.


Mas há quem faça o caminho inverso: ao invés de combater o bom combate alguns tentam caluniar seus concorrentes. Parece ser este o caso do advogado Pedro Oliveira, filho do prefeito de Santa Luzia, Adamor Ayres. E os fatos falam por si: na manhã desta terça-feira,17, Oliveira usou a tribuna do TRE para atacar, de forma desarrazoada e destemperada, Rafael Fecury, juiz titular e candidato à recondução.

O ataque pegou todos de surpresa, uma vez que o advogado arguiu, logo de bate pronto, uma equivocada e “providencial” suspeição de Fecury. Isso, caros leitores, durante sustentação oral, uma inovação nunca vista na corte eleitoral paraense. Mas o que estaria por trás, pelos lados e pela frente da suspeição suscitada por Pedro Oliveira? A resposta é óbvia: tirar Fecury de todos os seus processos e, de quebra, criar um fato para inviabilizar a recondução do juiz titular. Faltou só combinar com os russos!

Como era  de se esperar, a exceção de suspeição, suscitada por um advogado às vésperas de uma votação importante no TJ do Pará, foi rechaçada, de forma contundente, pelos juízes da corte. E a resposta começou a partir de Rafael Guedes, juiz oriundo da advocacia. Guedes não poupou críticas à postura de Pedro Oliveira, frisando que o advogado promoveu “execração pública” de Fecury. 

“Falta de elegância e falta de ética”. 

Assim definiu o desembargador corregedor do TRE-PA, José Maria do Rosário, a postura do advogado Pedro Oliveira.

“Bom senso e equilíbrio é bom para o direito”. 

Ponderou outro integrante da corte, o juiz Marcos Alan Gomes. 

O juiz federal Airton Portela afirmou que é “um ferrenho defensor da necessidade de sigilo em relação à imagem do judiciário”, sigilo este solenemente ignorado pelo advogado.  

Outra que não foi econômica nas críticas ao advogado Pedro Oliveira, a juíza Rosa Navegantes, disse que a postura do advogado foi a maior afronta ao direito de defesa a um juiz da corte. O presidente da corte, desembargador Leonam Gondim da Cruz, lembrou que Rafael Fecury é uma referência como jurista no Pará, cuja obra literária de sua autoria foi mencionada em julgado do Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. 

“Um dos poucos juristas do nosso estado foram citados pelo STF”. Lembrou Leonam.

O infeliz episódio, protagonizado pelo advogado Pedro Oliveira, que tem interesse inequívoco na cadeira de juiz, ecoou muito mal no meio jurídico. Muitos advogados presentes na sessão apresentaram votos de solidariedade a Rafael Fecury. Isso porque ficou claro que trata-se de uma providencial “rasteira” para tirar, de forma nada republicana, um adversário do caminho. Veja os vídeos clicando no link: https://oantagonico.net.br/o-tre-do-para-o-pedro-oliveira-a-suspeicao-suspeita-o-fecury-a-execracao-a-corte-e-o-repudio/

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