Os réus Luiz José Trindade de Azevedo ou Jefferson José Vasconcelos da Silva, 42, e Abraão Tavares da Costa, 45, foram absolvidos da acusação de prática dos crimes de homicídio qualificado e crimes conexos de tortura contra três vítimas, além de associação para tráfico de drogas e exploração sexual.
O crime correu nas instalações de um motel e depois de mortas, as vítimas foram abandonadas no interior de um carro, no município de Benevides, distante 50 quilômetros da capital. A decisão dos jurados da 2ª Vara do Júri de Belém, presidida pelo juiz Homero Lamarão Neto, acolheu entendimento do promotor de justiça Edson Augusto Souza que considerou as provas insuficientes para sustentar uma acusação, requerendo a absolvição dos réus.
O promotor do júri explicou aos jurados que Abraão foi acusado de concorrer com associação para tráfico de drogas e no processo não foi juntada a prova do crime. Diante disso, não existia a materialidade. Quanto a Luiz José Trindade de Azevedo ou Jefferson Azevedo, presente ao júri, respondendo por falsificação de documentos e por ter uma enteada, à época companheira do suposto mandante do crime que era chefe do tráfico na área.
Na defesa, atuou Alex Mota Noronha, defensor público que acompanhou o entendimento do promotor, defendendo a absolvição dos acusados por insuficiência de provas. Em interrogatório, Luiz ou Jefferson negou participação nos crimes e alegou ter sido envolvido no caso, por ter a enteada companheira de Diogo Pimentel Brasil, suposto traficante.
Processos desmembrados – Em setembro de 2013, os suspeitos promoveram uma festa dentro de um motel, na rodovia Mário Covas, bairro Coqueiro, na tarde de 9 de agosto de 2013, onde participaram 13 homens e cerca de 15 mulheres. As vítimas foram atraídas até o local, sofreram torturas e foram mortas a tiros.
Os corpos foram identificados como de Deivid Marques Domicil, 22, Luan Willian Domingues dos Santos, 19, e Roberto César Silva e Silva, 34. A motivação do crime seria a intenção de Roberto César, de se tornar chefe no tráfico de drogas, no bairro Cremação, em Belém, conforme apurações da promotoria de Justiça. Foram denunciados 13 envolvidos, 10 deles pronunciados.
O processo foi desmembrado para julgamento. Uma pessoa já foi condenada e outras duas absolvidas. André Amaral da Silva, que já cumpre pena por outros crimes foi acusado de triplo homicídio, tortura, julgado e condenado a 67 anos de prisão em regime fechado, sem direito a apelar em liberdade.
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