O Ministério Público Federal no Pará (MPF-PA) investiga 22 denúncias de irregularidades envolvendo a aplicação da prova do Concurso Nacional Unificado (CNU) no estado. O exame foi realizado em todo o Brasil no dia 18 de agosto. Desde então, denúncias de supostas fraudes têm surgido em diversas cidades pelo país.
Na quinta-feira, 12, uma denunciante de Belém formalizou queixa junto ao MPF-PA devido à suspeita de irregularidade durante a aplicação da prova no Colégio Universo, localizado na Travessa Castelo Branco, bairro de São Brás. A denunciante relata que, no dia do exame, uma mulher, que seria fiscal de sala, entrou no local onde a denunciante fazia a prova e pediu ao fiscal daquele local uma das várias provas que estavam sobrando. A suposta fiscal levou consigo, então, um exemplar.
De acordo com o relato, a mulher que saiu com a prova justificou o pedido dizendo que era para levar o exemplar para outra sala, onde supostamente o exame estava sendo aplicado a Pessoas com Deficiência (PcD).
A denunciante diz que, ainda esta semana, descobriu um grupo de Whatsapp em que “colegas estavam lutando pelo cancelamento do concurso e, por curiosidade, fui pesquisar o porquê do cancelamento. Aí descobri vários casos de denúncias, em Fortaleza, em Manaus, no Rio de Janeiro. Eu lembrei da situação que eu presenciei, falei isso no grupo dos colegas e eles me incentivaram a reportar ao MPF”, ela conta.
Procurado pela reportagem, o Ministério Público Federal informou que recebeu a denúncia em questão na noite de quinta-feira (12). “Por isso, o caso ainda está em distribuição entre os ofícios da instituição, para que os fatos sejam analisados e tratados pelo MPF”, diz em nota.
Denúncias pelo país – Ainda no dia de aplicação do exame, 18 de agosto, candidatos em uma escola de Manaus (AM) relataram que a fiscal de sala informou que um dos blocos de provas estava com o lacre aberto ao ser retirado da pilha. O incidente foi registrado em ata e os candidatos continuaram a prova normalmente.
No dia 27 de agosto, pouco mais de uma semana após a prova, o Ministério da Gestão, responsável pelo concurso, confirmou o recebimento de uma denúncia em Recife (PE), de que um grupo de candidatos do turno da manhã recebeu, por engano, o caderno que deveria ser entregue somente no período da tarde.
A troca só foi corrigida depois de 11 minutos, quando muitos concurseiros já tinham aberto e escrito seus nomes na prova. Segundo a denúncia, as provas, então, foram devolvidas ao envelope e os mesmos cadernos foram entregues à tarde. Já no Amazonas, o MPF investiga 11 supostas irregularidades envolvendo o CNU, conforme documento obtido pelo site Direção Concursos.
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