A notícia, através do portal do FNDE, de que a Prefeitura de Irituia (leia-se Marcos Tonheiro), recebeu quase um milhão de reais para implementar o programa de educação em tempo integral nas escolas municipais acendeu um alerta. Em tese, esse recurso deveria garantir a ampliação do tempo escolar e melhorar a qualidade da educação. No entanto, professores do município denunciam que, até o momento, não existe nenhuma turma funcionando nesta modalidade.
Irituia enfrenta um histórico de problemas administrativos, incluindo denúncias de funcionários fantasmas, ou seja, pessoas que recebem salários sem de fato exercerem suas funções. Agora, a situação se agrava com a denúncia de “salas de aula fantasmas”, em que o dinheiro destinado à educação integral é recebido, mas as turmas, professores e alunos parecem não existir.
A questão que se coloca é: para onde está indo esse dinheiro? Por que a implementação da educação em tempo integral está parada, mesmo com os recursos disponíveis? A comunidade educacional e os cidadãos de Irituia têm o direito de saber como o dinheiro público está sendo gerido e por que as promessas feitas pelo poder público não estão sendo cumpridas.
A educação em tempo integral é uma ferramenta importante para combater a desigualdade social e garantir melhores oportunidades para os estudantes, especialmente em regiões com altos índices de vulnerabilidade social. Não implementar esse tipo de programa é uma forma de negligenciar o futuro das crianças e adolescentes de Irituia, além de ferir os princípios básicos da gestão pública.
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