O Juiz Alessandro Ozanan. As Férias. A Liminar Falsa. A Regiane Nakano. A Maya Vieira. O Diego Caseiro e o Balaio de Gatos



 Olha só essa história. A corregedoria do Tribunal de Justiça do Estado do Pará instaurou uma Sindicância Administrativa Investigativa para apurar de onde surgiu uma sentença falsa, com assinatura atribuída ao juiz Alessandro Ozanan, titular da 1ª Vara do Juizado Especial Cível da Comarca de Belém, referente a levantamento de valores. E a história tem contorno de novela mexicana, envolvendo vários personagens.

Narrou o juiz à corregedoria, em um Pedido de Providências, que a tal liminar chegou ao seu conhecimento através de Regiane Dantas de Macedo Nakano, que, por sua vez, foi acionada por uma amiga, que após ter atuado como estagiária no Tribunal de Justiça do Estado do Pará encontrou discrepâncias no documento encaminhado para seu tio, por meio da advogada Maya Morena Cirino Vieira, referente a levantamento de valores.

“Ciente de que me encontro de férias, REGIANE DANTAS DE MACEDO NAKANO contatou MILENA MORETO YOKOMISO para confirmar a informação e esta, por sua vez, procedeu ao encaminhamento do documento a este subscritor. De acordo com as informações apuradas até o momento, a patrona da causa se chama MAYA MORENA CIRINO VIEIRA e, no entanto, não foi possível encontrar registro vinculado ao nome junto ao Cadastro Nacional de Advogados.” Disse o magistrado em seu relato.

A tal liminar só não foi cumprida porque além da assinatura fraudulenta, foram identificadas outras inconsistências no documento, dentre elas a numeração do processo, que não existe no PJE. Como também não existe o número do ID. Também não existe processo cujo autor seja Diego Oliveira Caseiro vinculado à 1ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém. E tem mais: o QR-Code constante na suposta decisão encaminha para uma página que não existe. Durma-se com um barulho desses!!

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