Cuiabá. Redenção. O Avião. Os 8 Kg de Ouro. O Coronel do Pará. A PF e a Investigação



 Está causando muito rebuliço no Mato Grosso, o pouso forçado de uma aeronave em Cuiaba, que decolou de Redenção, no sul do Pará, com 8 quilos de ouro. Dentro do avião, segundo especula a imprensa de Cuiabá, viajava, além do piloto e co-piloto, um coronel da reserva da PM do Pará, com iniciais J.S.O.J., de 57 anos. Ele teria sido ouvido em depoimento pela Polícia Federal como testemunha do caso. Um funcionário da mineradora Tucan Mineração, que vendeu o ouro, contou que convidou o coronel para participar da viagem e “bater papo”.

A Segup do Pará informou a O Antagônico que, com as tais iniciais, não existe nenhum oficial registrado na Polícia Militar paraense. O caso é tratado como sigiloso pela PF. 

O ouro apreendido estava sendo transportado, na tarde de quinta-feira,25, de Redenção, no Pará, para Cuiabá, e pesava 8,050 Kg. A empresa responsável pela compra do ouro, a Fênix DTVM, pagaria R$ 5.865.243,58 pelo minério. 

O piloto Hamilton Lopes da Conceição e o copiloto Luiz Fellype Messias Castro foram detidos pela PF. Segundo as investigações, a prisão ocorreu porque estavam voando baixo, sem ligar o transponder, com risco de colisão com outras aeronaves. A aeronave não tinha plano de voo e também não fez comunicação com a torre de controle. Em depoimento a um dos bombeiros que atendeu a ocorrência de pouso forçado, o comandante da aeronave confessou que receberia R$ 15 mil pelo serviço. 

A PF apurou que o ouro foi vendido pela empresa Tucan Mineração, de propriedade de Rodolpho do Carmos Ricci, um dos alvos da Operação Hermes, também deflagrada pela Polícia Federal.  O ouro teria sido extraído no município de Santa Maria das Barreiras, no Pará. Em um primeiro depoimento, o funcionário da empresa que estava na mineração contou que faria uma visita à empresa Aço Máquinas Equipamentos de Mineração, posteriormente confessou que carregava ouro. 

Uma funcionária da Fênix DTVM, que prestou depoimento na PF, contou que o ouro estava previsto para ser entregue na Abelha Táxi Aéreo, mas na quinta-feira, por volta das 10:20h, o coordenador de logística disse que seria entregue na Bom Futuro. Em seguida, o coordenador mudou o local de entrega para uma pista de pouso perto do Belvedere.

Por conta disso, a funcionária pediu para alterarem a CTE (Guia do Carro Forte) para autorizar a retirada do ouro no local em que estava o avião. Questionada sobre incoerências na nota fiscal, como local de partida do voo saindo de Goiânia, a funcionária não soube explicar o motivo. Ela contou que o valor da nota não foi pago porque o ouro ainda estava sob responsabilidade da mineradora. 

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