O Igepps. A Denúncia. O TCE. O Coelho. A Auditoria. O Relatório e o Balde de Água Fria

 O carcamano italiano tá dando um baile na coelhada. Vejam só: a auditoria de controle externo do Tribunal de Contas do Estado jogou um ducha de água fria nas denúncias feitas pelo deputado estadual Adriano Coelho sobre supostas ilegalidades na gestão de Ilton Giusepp no Instituto de Gestão Previdenciária do Pará (IGEPPS).

“Não foram verificados indícios determinantes de que tenha havido gestão temerária, por parte do Igepps, quanto a decisão de aplicação nos respectivos Fundos de Investimentos, visto que não se encontrou dados que apontem que a perda esteja relacionada a outro motivo que não seja o próprio risco de mercado, comum da renda variável.” 

Diz o relatório, assinado pelos auditores Jonas Gomes de Sousa e Roberto Pablo de Araújo Valle. Veja abaixo alguns trechos do relatório:

“A inspeção é, pois, o instrumento de fiscalização utilizado para suprir omissões, esclarecer dúvidas, apurar a legalidade, a legitimidade e a economicidade de atos e fatos específicos praticados por qualquer responsável sujeito à jurisdição do Tribunal de Contas, bem como para apurar denúncias ou representações (art. 82 do RITCE/PA”

“Todavia, apesar dos seis itens não atendidos, não se verificou dano ao patrimônio do FI e consequentemente ao patrimônio do Igepps na medida em que o resultado apurado do investimento retornou 97% de rentabilidade da aplicação inicial, sem considerar a correção das amortizações ocorridas ao longo da aplicação, e considerando a correção das amortizações o retorno seria de 239% de rentabilidade. Assim, não foram verificados indícios de gestão temerária no Fundo de Investimento BTG Pactual 2024 Títulos Públicos Fundo de Investimento Renda Fixa.”

“Diante disso, apesar dos 5 (cinco) itens não atendidos (vide Tabela 5) e do FI ter apresentado, até o momento, uma perda projetada de mais de quatro milhões de reais, nominal, quando comparado ao Ibovespa, não se verificou indícios categóricos de que tenha havido uma gestão temerária, por parte do Igepps, quanto à decisão de aplicação no Fundo de Investimentos Safra Equity Portfolio PB FIC Ações (14.476.729/0001/43), visto que, inclusive, não se encontrou dados que apontem que a perda esteja relacionada a outro motivo que não seja o próprio risco de mercado, comum da renda variável.”