E a Polícia Civil amanheceu, de novo, nesta quinta-feira, 09, no Residencial Greenville I, moradia de muitos “bacanas” da capital paraense. Desta feita, em cumprimentos de mandados da operação “Elaeis Guine”, nome científico da palmeira de dendê. O alvo principal, preso no Greenville, foi Washington Luiz Dias Lima, o “Washington Canté”, velho conhecido da polícia, apontado como responsável pelo desvio de 38 mil toneladas de óleo de dendê, mercadoria avaliada em R$ 15 milhões de reais.
Durante a operação os agentes da PC cumpriram mandados de busca e apreensão na casa de Washington e também na sede da empresa MG Comércio de Combustíveis, de propriedade do mesmo. Foram apreendidos computadores, 03 (três) celulares, 02 (duas) metralhadoras, 01 (um) rifle, 01 (um) revolver, 02 (duas) pistolas, dinheiro em espécie (real, dólar e euro), 05 (cinco) carros de luxo e grande quantidade de munição (fotos abaixo).
A Operação “Elaeis Guine”, investiga uma associação criminosa que desvia combustível e óleo de dendê no rio Guamá e adjacências. A operação foi desencadeada pela Delegacia de Polícia Fluvial , vinculada à Divisão de Repressão ao Crime Organizado, DRCO. Esta não é a primeira vez que Washington Luiz Dias Lima (Washington Canté) é preso acusado de prática de crimes.
Em abril de 2010, uma equipe de Policiais Civis, ao comando dos Delegados Jamil Casseb e Silvio Birro, prendeu Washington Canté, acusado de cometer vários crimes nas cidades de Santarém e Uruará, oeste do Pará. Na época, pesavam contra ele, os crimes de Estelionato e Formação de Quadrilha ou Bando.
Washington Canté foi preso por força de um Mandado de Prisão expedido pelo Juiz de Direito da Comarca de Uruará. Os problemas com a Polícia e Justiça começaram quando o mesmo era proprietário de uma loja de venda, revenda e financiamento de veículos em Santarém, denominada ‘Garantia Veículos’. Na época, alguns clientes sentindo-se lesados, fizeram diversas denúncias de ‘golpes’ na Polícia Civil e no Ministério Público. As denúncias foram alvo de investigação, que culminou com o cumprimento de um Mandado de Busca e Apreensão feita pela Polícia Civil e MP na casa de Washington Canté. Na operação, sua esposa foi presa em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.
Seis anos depois, em 2016, Washington Canté foi novamente alvo de denúncias. Só que desta vez, o mesmo foi preso acusado de fazer parte de uma quadrilha suspeita de desviar dos cofres públicos, um montante que pode chegar a mais de 12 milhões de reais. A Polícia Federal, em ação conjunta com a Controladoria Geral da União e a Receita Federal, deflagrou a Operação Lessons, com o objetivo de desarticular esquema de desvio de dinheiro público em empresa fornecedora de materiais didáticos para prefeituras municipais.
O grupo desviava recursos públicos que deveriam ter sido utilizados na educação básica com verbas oriundas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica. Na operação foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, 3 mandados de prisão preventiva, 3 mandados de prisão temporária e 8 conduções coercitivas nas cidades de Belém, Marituba, Tomé-Açu, Acará, Inhangapi e Vitória do Xingu.
A época, as investigações revelaram que a empresa foi constituída com o único objetivo de contratar com entes públicos, por meio de inexigibilidades de licitações e licitações fraudulentas, com preços superfaturados, além de prestar apenas parcialmente os serviços contratados. Os livros fornecidos pela empresa aos entes públicos são de autoria do próprio sócio administrador da empresa, caracterizando-se como fornecedor exclusivo. Para tanto, as licitações foram direcionadas para favorecer a contratação da empresa. O material didático é composto por 3 livros inglês e 3 dvd’s, os quais eram vendidos ao preço unitário de R$ 1.800,00 para as prefeituras. Veja Fotos abaixo:
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