O Antagônico recebeu e publica abaixo nota de esclarecimento da Norte Energia em atenção a matéria publicada nesta segunda-feira,27, com o título “Belo Monte. A Hidrelétrica. O Ecocídio. O MPF. A Investigação e as Diligências”. Veja a nota abaixo:
A Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, esclarece alguns pontos fundamentais para o entendimento do leitor. A empresa segue à disposição para contribuir com explicações sempre que a UHE Belo Monte ou a própria Norte Energia forem citadas. Conforme o Estudo de Impacto Ambiental, aprovado pelo Ibama, o projeto para a construção da hidrelétrica teve como premissa causar o menor impacto ambiental possível e gerar energia durante o inverno amazônico, normalmente entre os meses de dezembro e maio.
Todas as previsões feitas pelo Ibama, no Estudo de Impacto Ambiental, na ocasião da construção de Belo Monte, tinham um panorama de alta magnitude. No entanto, o impacto real causado até o momento nos dez indicativos (velocidade da água, transporte de sedimentos, floresta aluvial inundada, peixes, pesca, rendimento de pesca, condição de vida dos pescadores, mustelídeos e quelônios) do estudo apresenta outro panorama. Para velocidade da água e rendimento da pesca, por exemplo, o indicativo apresentado é de médio risco e para os outros oito indicativos, a realidade atual é de baixo risco e/ou impactos positivos. Esses são dados de cientistas renomados de universidades públicas do Brasil, integrantes do board de monitoramentos executados pela Norte Energia.
É relevante informar que os relatórios emitidos ao órgão ambiental têm sido atualizados anualmente quanto ao avanço e atendimento das condicionantes e obrigações, inclusive daquelas em que há pedido de encerramento por cumprimento pleno. Em março de 2024 foi apresentado o 24º Relatório Consolidado ao Ibama. Desde que entrou em funcionamento, há sete anos, Belo Monte repassou à ANEEL 1,07 bi de royalties, que são distribuídos à União, ao Estado e os municípios de influência do empreendimento. Além disso, o Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu (PDRSX), promovido pela Norte Energia, prevê a destinação de R$ 500 milhões para a região.
Os investimentos realizados em ações socioambientais representam quase 7 bilhões desde o início da implantação do projeto, em 2010, em mais de 5 mil ações realizadas. A hidrelétrica gera 1.700 empregos na região onde está instalada. Como consequência do desenvolvimento gerado pelo empreendimento, o percentual de moradores abaixo da linha de pobreza no município de Altamira, de 25%, em 2010, (Censo IBGE) caiu para 3%, em 2023. Os dados constam da Pesquisa de Condições de Vida aplicada pelo Programa de Monitoramento dos Aspectos Socioeconômicos da usina.
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