O José Maria do Rosário. A Soltura do Wlad. A Denúncia da PF. A Retirada do Sigilo e a Exposição Consentida

 O que antes estava protegido pelo manto do sigilo agora virou “artigo de feira”. Pois bem. Com a retirada do sigilo da denúncia da PF que levou a prisão do ex-deputado federal Wladimir Costa, os detalhes escabrosos e impublicáveis, do relatório quilométrico da PF, contendo os virulentos ataques de Wlad contra a ex-amiga, a deputada federal Renilce Nicodemos, pipocaram nos grupos de Watzap e viraram, na prática, uma nova exposição, desta feita, com autorização da própria justiça. Parafraseando o “maluco Beleza” Raul Seixas, no caso em questão os personagens viraram “carrascos e vítimas do mesmo mecanismo que criaram.”

Em respeito ao leitor, não publicaremos o relatório da PF, nos limitando apenas aos pedidos do delegado Cledson José da Silva, da Delegacia de Direitos Humanos e Defesa Institucional da PF, que representou pela prisão de Wlad pela prática dos crimes de extorsão, perseguição, violência psicológica contra a mulher, injuria majorada, difamação majorada, violência política e violência política contra a mulher.

O inquérito em questão foi instaurado a partir de representação do Ministério Público Eleitoral no dia 06 de dezembro do ano passado, após Wlad publicar vídeos pessoais de Renilce Nicodemos. Consta nos autos, que Wladimir estaria chantageando Renilce Nicodemos para “selar a paz”, fato declarado pela própria parlamentar em depoimento prestado à PF.  Como a paz não foi selada, o ex-deputado federal passou então a atacar violentamente, com impropérios e palavrões cabeludos, a ex-correligionária.

Ao apresentar a denúncia junto à juíza Andreia Ferreira Bispo, o delegado Cledson Silva requereu a prisão preventiva de Wladimir Costa; busca e apreensão na residência nos condomínios Ilha de Murano e Cristal Ville e na Rádio Metropolitana; quebra de sigilo telefônico; bloqueio total de contas em redes socais e ainda multa de R$ 10 mil reais por cada conta criada ou citação ao nome da deputada Renilce Nicodemos. Todos os pedidos foram deferidos pela juíza Andreia Bispo. Entre a denúncia e a efetiva prisão de Wlad, ocorrida no dia 18 de abril, se passaram exatos 21 dias.

Agora, Wlad responderá ao processo em liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica e proibição de manter contato, por qualquer meio, com Renilce Nicodemos. O ex-deputado terá que comparecer mensalmente ao juízo da 1ª zona eleitoral para informar sobre suas atividades e comprovar o cumprimento das medidas judiciais impostas, sob pena de nova privação de liberdade. Aguardemos os próximos capítulos !!