Notícia que chancela a escolha de solo paraense para a realização da COP30: O Estado do Pará não tem nenhum município, entre os 13 da Amazônia Legal, com o ar mais poluído do Brasil. É o que diz o relatório World Air Quality de 2023, produzido pela IQAir e publicado esta semana.
Das 38 cidades com piores índices PM2.5 do país, 13 estão na região amazônica. Xapuri, no Acre, apresenta o pior resultado, com cinco vezes mais micropartículas poluentes no ar que o indicado pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Na lista, constam também outras sete cidades acreanas e as capitais Boa Vista (RR), Macapá (AP), Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Palmas (TO). Em algumas delas, o percentual de poluição ultrapassa cidades industriais de São Paulo.
O relatório traz dados de 7,8 mil localidades em 134 países. Segundo o documento, no Brasil, a onda de calor enfrentada no ano passado e o clima seco que causou grandes incêndios florestais na região Amazônica são as causas da grande poluição. “No Norte do Brasil, o desmatamento e os incêndios florestais na Amazônia têm impactado significativamente a qualidade do ar do país. O desmatamento é impulsionado pela produção de gado, soja, cana-de-açúcar, especulação imobiliária e pela indústria de carvão vegetal”, aponta.
O relatório apresenta os dados de qualidades do ar de PM2.5 de 7.812 cidades em 134 países. Os dados foram levantados a partir de 30 mil estações de monitoramento de qualidade do ar operadas por instituições de pesquisas, órgãos governamentais, universidades e instituições educacionais, ONGs, empresas privadas e cientistas.
Segundo a OMS, a poluição atmosférica é uma das maiores ameaças ambientais à saúde pública e é responsável por cerca de 7 milhões de mortes prematuras todos os anos. Apenas no Brasil, em 2019, foram 43,5 mil mortes.
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