O Helder. A Prefeitura de Belém. O Candidato do Governo. O Vice para o PT



 Deu na FOLHA: Helder Barbalho (MDB) promete nome ‘novo’, que deve ser anunciado até 15 de março. O grupo ligado ao governador do Pará, Helder Barbalho (MDB) pretende anunciar até o dia 15 de março quem será seu candidato à Prefeitura de Belém (PA). A promessa é que seja um nome que simbolize renovação. O MDB também vai oferecer ao PT a vaga de vice na chapa. Os petistas, no entanto, aprovaram na última segunda-feira (26) manter o apoio ao prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL), que disputará a reeleição.

O grupo de Helder decidiu pela candidatura própria a partir da avaliação de que Rodrigues tem uma gestão criticada e enfrentará dificuldades em conquistar mais um mandato. A justificativa é que não se pode correr o risco de que um bolsonarista assuma a gestão da cidade no momento em que ela sediará a COP30, em 2025.

Sobre a matéria da FOLHA seguem algumas ponderações de O ANTAGONICO. Edmilson Rodrigues, hoje cercado pelo lixo e o luxo, está crente de que terá o apoio de Helder Barbalho para conseguir a reeleição. O psolista, que está na cola do presidente Lula (a recíproca não é verdadeira), aposta todas as suas fichas no PT e acredita que Helder vai ser “intimado” pelo chefe da nação a apoiá-lo. 

E tem mais: Ed acha que Barbalho não vai correr o risco de um provável rompimento com Lula, no caso do não apoio ao psolista. Na prática, Edmilson acredita que o governador, que tem um irmão ministro, não vai querer se indispor com Luiz Inácio por causa da prefeitura de Belém. O problema é que Helder e Edmilson, em caso de continuação da parceria, com Ed na cabeça da chapa, podem morrer abraçados e entregar a chefia do executivo da capital ao bolsonarismo, (leia-se Eder Mauro), algo que o governador paraense não almeja, nem nos seus piores pesadelos.  

Na prática o problema de Helder é o Edmilson, um cadáver malcheiroso (que o digam os urubus, moscas e ratos de Belém), que se recusa ao sepultamento. O governador sabe que uma continuação da dobradinha com Edmilson e o Psol pode arranhar, e muito, a trajetória construída até aqui. No frigir dos ovos, o governador precisará de muita habilidade para sair dessa “sinuca de bico”. Isso porque, se Edmilson está “com lepra”, os nomes testados por Helder para sucedê-lo, Hana, Igor Normando, Zeca Pirão, entre outros, não empolgaram o eleitorado. 

Talvez, a saída mais lógica para a continuação do projeto político de Helder seria uma junção com Edmilson, este vindo como vice, algo que não passa, nem de longe, pela cabeça do inimigo público n.º 01 da população de Belém.

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