Na semana em que o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) completa 40 anos, a coordenadora da entidade, em Marabá, Joyce Rebelo, usou a tribuna da Câmara Municipal para defender pautas referentes à educação na cidade e dos servidores municipais em geral. Ela afirmou que não é de hoje que a classe vem lutando para avançar e solucionar problemas relacionados à educação. “Estamos finalizando o atual governo com muitos problemas. Temos mais de 10 mil servidores sem reajuste de salários, temos o piso dos professores defasado, com cerca de 2 mil reais, fora o retroativo. Esse governo vem deixando dívida. Temos mais de R$ 170 milhões, em um volume de ação na justiça”, declarou a sindicalista.
Joyce ainda destacou que os professores têm um problema muito sério em relação à atual gestão, pois retirou vantagens dos servidores. “O problema da falta da valorização é que faz com que grande parte da nossa categoria peça licença sem vencimento, procurando outro lugar para trabalhar. A gestão deve garantir a valorização profissional, o reajuste salarial todos os anos. “A situação é tão crítica que os servidores não receberam reajuste salarial e nem do vale alimentação. Dessa forma, tem estagnado a vida do servidor”, lamenta. Rebelo também defendeu que o recurso da educação seja usado para manutenção e pagamento dos profissionais e não para fazer politicagem, visto que muitas vezes, segunda ela, existe uma superlotação de alguns lugares na gestão pública municipal. O vereador Márcio do São Félix salientou que no processo educacional é preciso cuidar das pessoas, dos professores e do pessoal que trabalha com educação, de uma forma geral.
Ilker Moraes frisou que o sindicalismo é necessário, para que se obtenha ganhos, valorização e na defesa dos interesses dos segmentos e filiados. Para ele, fazer mobilização não é uma questão simples e precisa ter muita vontade e dedicação para realizar. “Os educadores têm demonstrado uma força de vontade e capacidade de luta muito grande nestes últimos 10 anos. O prefeito precisa entender que os servidores públicos de Marabá precisam ser valorizados. Com isso, fará o nosso índice do IDEB melhorar. Essa vontade de economizar e tirar dos servidores para fazer mais 1 ou 2 km de asfalto está errado, isso prejudica as famílias que estudam em escolas públicas. É mais importante termos nossas crianças bem-educadas, do que a gente pensar a solução só de asfalto” opinou o vereador.
As pautas principais defendidas pelo sindicato são: pagamento imediato do piso do magistério 2022, no percentual de 23,24% e o piso do magistério 2023, no percentual de 14,95% e seus retroativos; rejeição da proposta apresentada pelo governo, visto que a categoria não aceita qualquer tipo de desconto; retroativo das promoções horizontais e verticais de 2015 a 2022; jornada de trabalho com 1/3 de hora-atividade; correção nível superior dos professores; extinção da jornada 12×36; e a situação de riscos das mulheres.
Fonte: Correio
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