Olha só essa história: a empresa Paramed Distribuidora de Medicamentos, uma dos alvos da operação “Higia”, deflagrada na semana passada no Pará para combater uma quadrilha que atua na burla de licitações de medicamentos, tem ramificações em vários municípios paraenses.
Um dos tentáculos da empresa está situado em Tomé-Açú. Na semana passada, o prefeito da cidade, Carlos Antônio Vieira, que dispensa apresentações, chancelou a contratação das empresas Abrantes Comercial Ltda e Paramed para aquisição de materiais de limpeza, higienização e descartáveis em geral visando atender às necessidades da secretaria municipal de educação de Tomé-Açu.
Até ai tudo bem. Mas, porém, contudo, o valor do contrato é de saltar os olhos: enquanto a Paramed ficou com apenas R$ 30.151,50 (trinta mil, cento e cinquenta e um reais, cinquenta centavos), a Abrantes ficou com quase toda a bolada do contrato R$ 5.502.057,90 (cinco milhões, quinhentos e dois mil, cinquenta e sete reais, noventa centavos). O que se diz pelas esquinas de Tomé-Açu é que as duas empresas vencedoras são “unha e carne”, estando “juntas e misturadas”. Ou seja, em Tomé Açú está tudo como dantes, no quartel de Abrantes (com o perdão do trocadilho).
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