Deu na Folha. O juiz federal que emitiu a sentença pelo arquivamento de uma investigação por comercialização de ouro ilegal contra Dirceu Frederico Sobrinho foi aposentado compulsoriamente pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em junho por suspeita de corrupção.
Antônio Carlos Almeida Campelo era membro do TRF-1 Tribunal Regional Federal da 1ª Região) e teve que deixar o cargo após o conselho identificar uma série de decisões do magistrado que feriam o Código de Ética, inclusive a liberação de madeira de origem ilegal apreendida pela Polícia Federal.
Dirceu Frederico Sobrinho, conhecido como “Rei do Ouro”, já foi alvo de uma série de operações da PF e de ações do MPF (Ministério Público Federal). Segundo a procuradoria, a FD Gold, empresa de Sobrinho, e outras companhias dele movimentaram 4.300 kg de ouro ilegal entre 2019 e2020. Ele já teve prisão preventiva decretada, em outro processo, no final de 2022.
O arquivamento das investigações contra Sobrinho foi referendado pelo TRF-1. O MPF entrou com um embargo de declaração contra a decisão pelo fato de o juiz federal ter sido aposentado compulsoriamente.Segundo o procurador regional do Pará, José Robalinho Cavalcanti, a decisão incorre em omissão. Ele pede que “seja revertida a sentença concessiva em habeas corpus, permitindo-se a continuidade das investigações”.
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