Segundo os autos, tais irregularidades foram objeto de denúncias e impugnações protocoladas perante a comissão eleitoral, porém nunca foram julgadas. As denúncias apontam para fraude nas certidões que autorizaram o voto em urnas de lona; assinaturas falsas no caderno de votação; abuso de poder político e econômico e por aí vai.
A comissão eleitoral, em ata, informou que todos os documentos foram remetidos para, vejam só, a presidência da OAB/PA, na época, sob o comando do ex-presidente Alberto Campos. Uma vez que não foram processadas e nem julgadas, as denúncias foram parar no colo do atual presidente Eduardo Imbiriba, permanecendo, por óbvio, engavetadas até hoje.
E a celeuma continua rendendo. Recentemente, a Justiça Federal do Pará designou audiência para colher o depoimento de Imbiriba, oitiva que deveria ocorrer nesta quarta-feira, 13. Mas ficou no deveria. Isto porque quem tem padrinho não morre pagão. Com a proximidade da audiência, a OAB/PA passou a buscar diversas justificativas para adiar a sessão. Corre pelos corredores da OAB que, como última medida desesperada, foi convocada reunião de colégio de presidentes para a mesma data da audiência.
A juíza da causa, contudo, negou o pedido de adiamento, sob a justificativa de que Eduardo Imbiriba já estava intimado da audiência desde o dia 28 de agosto e não juntou prova de que a tal reunião de Colégio de Presidentes havia sido designada em data anterior. Ato contínuo, o “salvador da Valentina” recorreu, na terça-feira,12, no plantão judiciário do Tribunal Regional Federal, pleiteando o adiamento da audiência marcada para o dia 13. Para tanto, insistiu na tese da reunião do colegiado de presidentes, datada do dia 04 de setembro.
Trocando em miúdos, Imbiriba convocou o Colégio de Presidentes quando já estava intimado da audiência do dia 13, denotando uma clara manobra para não ir à audiência. E a manobra colou. O pedido de adiamento foi concedido pelo desembargador plantonista. Mas, porém. Contudo, a estratégia acabou indo “para o vinagre”, uma vez que a juíza do caso, rápida no gatilho, ao ser intimada da decisão do plantão redesignou a audiência já para a próxima quarta-feira, 20. E desta vez parece que não tem nenhuma reunião do colegiado de presidentes da OAB. Pelo menos por enquanto…
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