Tem muita gente em Marabá e Belém que vai passar muitos dias sem dormir depois da operação da PF, ocorrida na manhã desta quinta-feira, 17, para combater fraudes bancárias. Isso porque, as prisões de hoje seriam apenas a “ponta da iceberg” de um gigantesco esquema criminoso com muitas ramificações. A operação interestadual desarticulou uma organização criminosa especializada em fraudes bancárias e lavagem de dinheiro.
Os prejuízos chegariam à R$ 300 milhões. A ação, denominada “Big Boss”, envolveu as polícias civis do Pará, do Distrito Federal, Goiás e Espírito Santo. Foram cumpridos nove mandados de prisão preventiva e dez de busca e apreensão nas cidades de Marabá (PA), Samambaia (DF), Planaltina (GO), Serra (ES) e Goiânia (GO). A operação recebeu esse nome porque o líder dos criminosos era chamado pelos demais integrantes de “patrão”. Um dos alvos da operação chegou a ser candidato a vereador em Planaltina (GO).
O esquema, em atividade no Pará, DF e Goiás a mais de 10 anos, consiste na invasão de contas por meio de links ou induzindo as vítimas à instalação de programas para a subtração de valores de pessoas físicas, empresas e prefeituras. Desde 2019, os integrantes da organização criminosa atuavam auxiliando na ocultação dos valores obtidos nos golpes. Eles agiam, segundo as investigações, por meio da abertura de empresas de fachada ou da compra de imóveis e veículos de luxo.
Em Marabá foram presos três integrantes do esquema: uma mulher e dois homens, além de quatro de busca e apreensão domiciliar. “As três pessoas presas em Marabá tinham participação na lavagem de dinheiro, por meio de movimentação de valores em empresas criadas, na compra e reforma de imóveis e de outros bens”, informou. A operação também cumpriu sequestro judicial dos bens em nome dos investigados. Segundo a PC, o líder do grupo tem antecedentes criminais por formação de quadrilha, furtos qualificados, organização criminosa e posse de drogas.
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