A Covid-19. A Nova Variante. O Acre. A Volta do Uso de Máscaras



 Após o Ministério da Saúde confirmar o primeiro caso da variante EG.5 (popularmente conhecida como Éris) da Covid-19 no Brasil, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) emitiu uma recomendação, nesta segunda-feira (21), para que a população volte com o uso de máscara.De acordo com o chefe da Vigilância em Saúde da secretaria, Edvan Meneses, a nova variante está em análise genômica em todo o mundo.

“O que sabemos hoje dessa variante é que ela tem alta transmissibilidade, ou seja, ela passa de uma pessoa para outra com maior facilidade. Porém, essa nova variante tem uma baixa patogenicidade, ou seja, tem um menor potencial de fazer com que os casos positivos evoluam para a gravidade, que chamamos de SRAG. Isso nos alerta para as etiquetas sanitárias. Já que esse vírus transita de uma pessoa para outra com maior facilidade, nós precisamos quebrar essa cadeia de transmissão, e nós só vamos fazer isso com o uso de máscara e das etiquetas sanitárias que já estamos falando disso há muito tempo”, disse. 

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil já distribuiu cerca de 487 milhões de doses contra a Covid-19. Meneses comentou ainda que, atualmente, há uma curva de queda no número de casos. No entanto, é preciso estar alerta para a possibilidade de aumento de casos em outros estados e países.

Variante

A paciente infectada é uma mulher de 71 anos, moradora da cidade de São Paulo. Os sintomas tiveram início em 30 de julho, e ela recebeu tratamento em uma unidade hospitalar privada, sendo liberada no dia seguinte. Ela também estava com o esquema vacinal completo. Segundo informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a EG.5 é uma subvariante da Ômicron, que foi identificada pela primeira vez em fevereiro de 2023. Desde então, tem-se observado um aumento constante no número de casos relacionados a essa variante. Ainda de acordo com a OMS, até o momento, a subvariante EG.5 não demonstrou maior gravidade ou riscos significativos em comparação com outras variantes. Apesar de poder escapar do sistema imunológico mais facilmente, como mostraram alguns testes, isso não implica em doenças mais severas, e o aumento de hospitalizações no Reino Unido não resultou em casos graves em UTIs.

Uso de máscara

Assim como o Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde reforçou ainda que medidas conhecidas da população continuam sendo fundamentais, incluindo a higienização das mãos, a etiqueta respiratória ao tossir e espirrar, além da vacinação contra a Covid-19. O monitoramento das variantes de preocupação, como Delta, Alpha, Beta, Gamma e Ômicron, também é realizado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) do CVE e o Centro de Respostas Rápidas do Instituto Adolfo Lutz (IAL).


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