O Cineclube Paraense. O Ataque. A Logomarca e a Usurpação



 Direto do Rio de Janeiro a coluna da jornalista Dedé Mesquita bota a “boca no trombone” relatando que o Cineclube Paraense, criado em 2018, está “sob ataque”. Explica-se: desde abril, inadvertidamente, o grupo passou a ter o nome, e agora a logomarca, como objetos de desejo – com tentativa de usurpação -, que representantes do grupo atribuem ao professor João Augusto Pereira Neto, do Instituto de Ciências Agrárias, da Universidade Federal Rural da Amazônia – Ufra.

O Cineclube e o professor engataram uma parceria, em março de 2023, dentro de um projeto de extensão, para a exibição de filmes e formação, como o que foi feito uma única vez na Usina da Paz, no Jurunas, em Belém, em abril passado. 

Duas reuniões foram realizadas na UFRA e a aprovação do projeto da universidade foi feita de forma bem rápida, até que, segundo representantes do grupo, o professor meteu os pés pelas mãos, interferindo na área de cinema e nos debates cinematográficos que eram, segundo o acordado na parceria, atribuições dos membros do grupo. A reunião seguinte foi tensa e, para surpresa geral, o professor alijou o Cineclube do projeto de extensão, sem avisar ninguém do grupo, mas manteve o nome e material de trabalho, como fotografias.

Acionada extrajudicialmente pelo grupo, a direção da Ufra cancelou o projeto, em maio, mas o imbróglio estava armado. O professor João Augusto ingressou no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), após o cancelamento do projeto, tentando se apropriar da logomarca Cineclube Paraense. Marca essa que foi encomendada pelo grupo a um designer, que fez a logo e foi pago pelo trabalho, ainda em 2018. 

A questão passou a envolver a própria direção da Universidade, que teria “lavado as mãos” para o caso por entender que se trata de “projeto pessoal, com CPF do próprio professor”. Semana passada, o Cineclube lançou uma campanha nas redes sociais denunciando a situação, que, pelo visto, não tem prazo para acabar.

Projeto de extensão – Segundo publicações oficiais da Ufra, o projeto de extensão com o Cineclube seria voltado especialmente para o cinema, com apresentações no auditório da Biblioteca José Lourenço Tavares Vieira, no campus Belém, diretores do Cineclube e do professor João Augusto Pereira Neto, coordenador do projeto.

A ideia era fomentar e difusão do cinema junto a alunos de escolas públicas ou privadas da capital com exibição de filmes e uma reflexão sobre a obra vista, por meio de bate-papo, com possibilidades de se estender aos campi da universidade.


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