Uma mega operação da Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público Federal fez estremecer empresários paraenses do setor. E o resultado vai respingar em solo paraense. A operação cumpriu, na manhã desta terça-feira (20), 13 mandados de busca e apreensão contra empresas de coleta de lixo e limpeza pública, em Manaus.
As empresas são suspeitas de operações fraudulentas utilizadas para esconder a ocorrência de sonegação fiscal, obtenção de notas fiscais “frias” e lavagem de dinheiro. Os mandados foram cumpridos em residências de investigados e nas empresas supostamente ligadas à organização criminosa. Também foram expedidos mandados de prisão, mas a PF não informou se os mesmos foram cumpridos.
Com a operação, os órgãos envolvidos apuram indícios encontrados durante as investigações de prática de diversos crimes, tais como: sonegação fiscal, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Ainda segundo os órgãos, as investigações iniciam há três anos, quando foram detectados indícios de que empresas que atuam no ramo de coleta de lixo e limpeza pública comercializaram com empresas de fachadas, consistindo na contabilização de despesas, produzidas a partir de notas fiscais de mercadorias e notas fiscais de serviços “frias”. A Operação, denominada Entulho, já identificou, até o momento, a participação de 31 empresas de fachada, escritório de contabilidade, além de seus respectivos sócios e empregados das empresas de coleta de lixo e limpeza pública.
Essas empresas emitiram notas fiscais suspeitas de serem inidôneas, entre os anos calendário de 2016 e 2021, no valor total de R$ 245 milhões, com sonegação fiscal estimada em mais de R$ 100 milhões entre tributos federais, desconsiderando-se multa e juros, posto que tais transações acarretaram a geração de créditos indevidos de PIS e Cofins, bem como reduziu as bases de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
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