Recentemente, a toda poderosa Vale, empresa concessionária de serviços públicos, trouxe a sua matriz principal para os arredores da Doca de Souza Franco, em pleno bairro Umarizal, atual centro nervoso empresarial da cidade das mangueiras, demonstrando a sua intenção a todas as autoridades locais e ao mercado internacional.
Em que pese a intenção de demonstrar ser boa samaritana ao Judiciário paraense, travestida de “parceria institucional”, a Vale tem muitas questões judiciais pendentes na cidade de Marabá, dentre elas a indenização dos proprietários de terras que sofrem processos compulsórios de desapropriação, sem poder recorrer a ninguém.
O fato é que apesar da previsão de gastos, na cifra de R$ 1,8 bilhões, para indenizar os proprietários de terras dentro do projeto da ferrovia, a empresa sequer indenizou os donos de propriedades de onde irá partir a ponte sobre o rio Tocantins, via de vazão de seus produtos para o mercado internacional.
É o tal negócio: além de não indenizar de forma devida, a empresa, de quebra, leva toda a mercadoria transportada para o estado do Maranhão, que ganhará o lucro da operação. Ou seja, o Estado do Pará serve apenas de “cambão”.
A interação entre Judiciário, Governo e a Vale, já foi fruto de investigação. Pelo visto, a discussão pode vir à tona novamente. O que se percebe é que a diretoria regional da Vale está quebrando o compliance e os acordos que a Vale tem com as bolsas de valores, na medida em que sua diretoria, encabeçada pelos CEO´s e funcionários da região, fecharam acordo com apenas um dos proprietários e geraram celeuma nos processos judiciais em andamento.
Em alguns casos, a Vale tem obtido decisões em menos de uma semana. Isso apesar dos esforços desmedidos para impedir a empresa de tomar, a “preço de banana” as terras dos paraenses do Sul do Estado.
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