A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, ressaltou nesta quarta-feira 12 uma decisão tomada em dezembro pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, sem consulta à PGR. A manifestação ocorreu em um ofício no qual o órgão defendeu o arquivamento de um pedido de investigação contra o presidente da CPI do MST, o deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), por suposta participação nos atos de 8 de Janeiro.
O documento destaca que o STF determinou em 6 de dezembro de 2022, com base em informações policiais, o bloqueio de perfis de Zucco nas redes Facebook, Gettr, Telegram, TikTok, Twitter e YouTube. A decisão foi tomada, segundo Lindôra, “sem prévia representação da Polícia Federal ou requerimento do Ministério Público Federal”.
A vice-PGR já criticou a atuação de Moraes por autorizar a prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, baseada em suposta “pesca probatória”, sem causa definida ou justificável. O ofício no caso Cid foi revelado no final de junho pela revista Veja.
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