Na última segunda-feira, 29 de maio, as consultorias que acompanham de perto o setor pecuário detectaram retrações nos preços do boi gordo e das demais categorias de abate em importantes praças brasileiras. Houve quedas em regiões pecuárias de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul, Pará, Tocantins e Maranhão, segundo apurou a S&P Global Commodity Insights.
Apesar da baixa liquidez de negócios, típica de uma segunda-feira, grande parte das unidades de abate dispõem de escalas longas e estão fora das compras de gado, relata a S&P Global. “Muitos frigoríficos têm alegado problemas com o escoamento da produção de carne bovina, sobretudo com relação ao mercado doméstico”, diz a consultoria, justificando a baixa agressividade das indústrias nas compras de boiadas gordas.
Além disso, continua S&P Global, embora o ritmo dos embarques externos de carne bovina tenha dado sinais de recuperação neste mês, as vendas externas seguem abaixo das expectativas. Do lado de dentro das porteiras, muitos pecuaristas acabam cedendo à pressão de baixa, preocupados com as incertezas em relação ao comportamento das cotações nas próximas semanas.
“A estratégia de reter o gado nas fazendas ficou para trás e agora os produtores apenas mantêm lotes suficientes para arcar com gastos com ração”, observa a S&P Global Commodity Insights. O avanço no descarte de fêmeas, devido à inversão no ciclo pecuário (fase de baixa), também colabora para aumentar a oferta de animais para abate e neutralizar um ambiente de recuperação nos preços da arroba bovina.
Segundo dados apurados pela Scot Consultoria, em relação ao fechamento de sexta-feira, a cotação da novilha gorda sofreu queda de R$ 5/@ nesta segunda-feira (29/5), em São Paulo, fechando o dia em R$ 240/@, no bruto, a prazo. Por sua vez, no mercado paulista, os preços do boi gordo e da vaca gorda ficaram estáveis, em R$ 250/@ e R$ 230/@, respectivamente (valores brutos e a prazo), acrescenta a Scot.
A cotação do “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses) está em R$ 255/@, no bruto, a prazo, também no mercado de São Paulo. Em relação ao mercado interno, o ritmo das vendas de carne no atacado/varejo cresceu de forma inconsistente, informa a S&P Global.
“Cresce os relatos de que os fluxos de mercadoria (carne bovina) entre os Estados só aumentam”, relata a consultoria, que exemplifica: “A proteína produzida em Rondônia e no Pará são enviadas ao mercado paulista e até à região Sul do País a preços mais competitivos, gerando desarranjos no quadro de oferta e demanda”. Veja abaixo as cotações máximas de machos e fêmeas na segunda-feira, 29/5 (Fonte: S&P Global):
SP-Noroeste:
boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 236/@ (à vista)
vaca a R$ 217/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 238/@ (prazo)
vaca a R$ 219/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 222/@ (prazo)
vaca a R$ 202/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 220/@ (à vista)
vaca a R$ 200/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 220/@ (à vista)
vaca a R$ 197/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 219/@ (prazo)
vaca R$ 192/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 219/@ (prazo)
vaca a R$ 192/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 251/@ (à vista)
vaca a R$ 227/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 241/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 202/@ (prazo)
vaca a R$ 192/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 200/@ (à vista)
vaca a R$ 190/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 246/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 194/@ (prazo)
vaca a R$ 179/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 194/@ (prazo)
vaca a R$ 179/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 227/@ (prazo)
vaca a R$ 212/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 203/@ (prazo)
vaca a R$ 187/@ (prazo)
RO-Cacoal:
boi a R$ 197/@ (à vista)
vaca a R$ 177/@ (à vista)
MA-Açailândia:
boi a R$ 197/@ (à vista)
vaca a R$ 187/@ (à vista)
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