Há mais de 10 anos a rede de varejo Marisa vem tentando sair de uma crise financeira que tem impactado seus resultados. Diante disso, em maio, a companhia anunciou que até este mês de junho fecharia 91 lojas, numa tentativa de voltar a ser rentável.
Além do fechamento das unidades, o plano de recuperação da varejista ainda inclui esforços para renegociar prazos e dívidas com fornecedores, credores e proprietários de imóveis, e também reduzir seus investimentos em estoque de produtos e cortar despesas com a operação.
Fechamento de lojas
Somente no Rio Grande do Sul, a Marisa já fechou três unidades e informou ao jornal GHZ que, ainda neste mês, irá fechar mais duas lojas no centro de Porto Alegre. Dessa forma, para eliminar o estoque, estão sendo anunciadas promoções com descontos de até 40%.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio de Porto Alegre (Sindec), Nilton Neco, as duas lojas que serão fechadas em junho contam com 15 funcionários, que poderão ir embora e receber a indenização ou serem realocados para outras lojas.
Crise na Marisa
Assim como outras empresas do setor de varejo, a Marisa foi impactada pelas recessões de 2015 e 2016, além da pandemia da Covid-19. Diante disso, a varejista, que é uma das maiores redes de moda feminina e lingerie do Brasil, registrou em 2020 um prejuízo líquido de mais de R$ 400 milhões. Já em 2021, o prejuízo foi de cerca de R$ 70 milhões e, no ano passado, de R$ 200 milhões.
Assim, em seu último balanço, divulgado em maio de 2023, a Marisa apresentou um prejuízo de R$ 148,9 milhões no primeiro trimestre deste ano, o que corresponde a um aumento de 64,2% em comparação ao mesmo período de 2022, o que fez com que as ações passassem de R$ 27,00 para cerca de R$ 1,00.
A companhia afirmou que já renegociou 90% de suas dívidas com fornecedores e 65% com donos de imóveis e, recentemente, atribuiu a crise que está passando aos juros altos e às importações ilegais.
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