O Fábio Simões. O Pereira. A Vigilância Sanitária. A Jogada Ensaiada e a Ganância



 Vejam só essa história: por muito pouco uma lambança da Vigilância Sanitária do Pará, ocorrida na manhã de ontem, não resultou em rebelião nas cadeias de Ananindeua e Marituba. Explica-se: uma equipe da Vigilância apareceu na manhã de ontem, do nada, dentro da empresa que fornece alimentos para 2 mil presos. A ordem, segundo o chefe da inspeção, era para “lacrar” a cozinha, o que foi feito na cara dura. 

Indagados pelos funcionários da empresa sobre como ficaria a alimentação dos presos, um dos fiscais disse, em alto e bom som que não havia motivo para preocupação pois a “outra empresa cuidaria de tudo”. Seria cômico se não fosse trágico!! 

O engraçado é que nem a SEAP, responsável pelos presos, sabia da tal inspeção e nem que a empresa de alimentos seria interditada. Ao investigar mais a fundo o assunto, O Antagônico chegou, sem muito esforço, aos autores da “denúncia”. Estamos falando de Fábio Simões e seu amigo Pereira, sendo o segundo citado o dono da empresa Express. 

Como até as pedras sabem, Simões, antes bem apadrinhado no governo e agora “jogado às feras”, se uniu com Pereira para participar de um processo licitatório da SEAP, que acontecerá na próxima semana. A dobradinha é uma descarada “jogada ensaiada”, uma vez que Fábio Simões está “com lepra” no governo, e expressamente (com o perdão do trocadilho), proibido de participar de licitações no Estado. 

Diz um ditado latino que quem se vinga de benefícios é implacável. É o caso de Fábio Simões, dono da empresa MWS, que já ganhou dezenas de milhões em contratos e agora, quer porque quer, dominar, por vias oblíquas, o mercado de fornecimento de alimentos para as cadeias do Pará. Nem que, para isso, tenha que causar um grande transtorno para a gestão de Helder Barbalho.

No tocante a empresa que fornece alimentos para a SEAP, a mesma, após ser lacrada na marra, teve que se “virar nos trinta”, para atender a demanda, o que certamente acalmou os ânimos e evitou uma reação em cadeia nos presídios. 

O mais curioso é que a empresa que teve a cozinha lacrada já havia sido inspecionada meses atrás, tendo cumprido todas as exigências da Vigilância. “Eles chegaram de supetão numa sexta-feira. Parece que foi coisa planejada”. Disse uma fonte a O Antagônico.  

Comentários