A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou na sexta-feira (5) o fim da emergência de saúde global causada pela Covid-19. A anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa com a presença dos principais executivos da entidade, em sua sede em Genebra, na Suíça. A organização fez questão de ressaltar que a fase emergencial da pandemia acabou, mas a Covid-19, não.
“A batalha ainda não terminou e ainda temos fraquezas a melhorar no nosso sistema”, afirmou o diretor-executivo da OMS, Michael Ryan. “Continua em um nível muito menor de ameaça, em um nível muito menor de mortes, mas o vírus vai continuar a ser transmitido por um período muito longo de tempo”.
Nos mais de três anos de pandemia, a OMS diz que já foram confirmadas mais de 6,9 milhões de mortes devido ao novo coronavírus e mais de 765 milhões de casos. Por outro lado, mais de 13,3 bilhões de doses de vacinas já foram aplicadas. Os países com mais mortes confirmadas são Estados Unidos (1,1 milhão), Brasil (701 mil), Índia (531 mil), Rússia (398 mil) e México (333 mil), mas nem todas as nações têm números confiáveis. A China, por exemplo, tem mais de 1,4 bilhão de habitantes e confirma 120 mil vítimas do vírus.
O novo coronavírus foi detectado pela primeira vez no fim de 2019 na cidade de Wuhan, na China, e rapidamente se espalhou pelo mundo. No começo de 2020, a OMS declarou a Covid-19 como uma emergência de saúde pública global. O anúncio da OMS é feito quatro dias após o governo americano anunciar que acabará com a exigência de vacinação contra a Covid-19 para viajantes estrangeiros e funcionários federais. A medida começa a valer na próxima quinta-feira (11), mesmo dia em que termina o período de emergência de saúde pública do vírus no país.
País que oficialmente foi o mais afetado pelo novo coronavírus (com mais de 1,1 milhão de mortes mais de 100 milhões de casos confirmados), os EUA agora entendem que estão em um momento diferente da pandemia, com a queda no número de mortes e de internações. As mortes causadas pela Covid-19 diminuíram em 95% e as hospitalizações, em quase 91%, segundo comunicado da Casa Branca.
“Globalmente, as mortes por Covid-19 estão em seus níveis mais baixos desde o início da pandemia. Após um esforço de todo o governo, que levou a um número recorde de quase 270 milhões de americanos recebendo pelo menos uma injeção da vacina, estamos em uma fase diferente do que estávamos quando muitos desses requisitos foram colocados em prática”, afirmou o governo americano.
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