O mercado físico do boi gordo prossegue a semana apresentando preços firmes. O viés para preços segue positivo para o curto prazo, considerando que os frigoríficos estão regularizando as escalas de abate agora que a China está aberta para a carne bovina brasileira, destaca a Safras Consultoria. O escoamento da carne no atacado tende avançar no decorrer da primeira quinzena de abril com maior apelo ao consumo devido à capitalização das famílias, o que também pode abrir espaço para reajustes do boi destinado ao mercado interno, indica a Safras.
- Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 300, estável.
- Região de Campo Grande em Mato Grosso do Sul O boi está cotado em R$275,00/@, a vaca em R$250,00/@ e a novilha em R$260,00/@, preços brutos e a prazo.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 265, inalterado.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 300 por arroba, contra R$ 295 do dia anterior.
- Região Sul de Tocantins referência para o boi está em R$242,00/@, para a vaca está em R$212,00/@ e para a novilha está em R$220,00/@, preços brutos e a prazo.
A cotação do boi gordo subiu, o que fez com que as aquisições fluíssem e as escalas de abate se alongassem. Em função disso, as ofertas de compra estão estáveis na comparação feita dia a dia nas praças pecuárias paulistas. O médico veterinário pela USP e pecuarista Rodrigo Albuquerque, do Notícias do Front, aponta três caminhos para a arroba em 2023, mínimo (vermelho), médio (amarelo) e máximo (verde) no gráfico abaixo.
“É extremamente positivo o retorno China, sem qualquer sombra de dúvidas, mas quem sabe não tenhamos que modular um pouco a nossa expectativa, notadamente para quem está pensando em tendência de preços em explosão? A bolsa encerrou o pregão de sexta nos dizendo mais ou menos isso”. Disse ele em seu podcast.
Segundo ele existem três balizas de preços para o ano corrente, todas possíveis, entendidas como balizas mínima, média e máxima. “A arroba costuma visitar os mesmos “trieiros” de preços que já percorreu no passado, nos anos bons, médios ou ruins. Ou seja, consideramos o que a arroba fez no passado em termos de evolução de preço ao longo dos meses de cada ano, considerando esses caminhos possíveis a partir do preço do início que tínhamos na virada do ano.” finaliza ele.
Os preços do boi gordo registraram alta na segunda metade do mês de março, impulsionados pela retomada dos envios de carne à China no dia 23 de março e pela restrição vendedora dos produtores, já que os pecuaristas aproveitam as boas condições das pastagens para segurar os animais no campo. Segundo os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), com as recentes valorizações, a arroba bovina já voltou a ser negociada praticamente nos mesmos patamares registrados em meados de fevereiro, antes do embargo à carne bovina brasileira.
Em fevereiro, o indicador do boi gordo CEPEA/B3 encerrou fevereiro a R$ 267,95, com forte queda de 7,2% no acumulado daquele mês, sendo que, até o dia 22 de fevereiro, antes da suspensão dos envios, o indicador acumulava alta, de 3,74%. Agora, em março, até o dia 28, o indicador acumula expressivo avanço de 10,2%. Assim, trata-se da maior elevação no acumulado de um mês desde novembro 2021, quando o indicador avançou significativos 25,26% e o setor nacional atravessava justamente uma suspensão dos envios de carne à China, por conta de um caso atípico de vaca louca no início de setembro de 2021.
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