Notícia ruim para Marabá, Parauapebas e Canãa dos Carajás: A baixa valorização do aço – devido à uma demanda fraca na China, a despeito da incipiente recuperação do setor de construção civil do país – contribuiu de forma decisiva para o recuo dos contratos futuros de minério de ferro, nesta quinta-feira (13), mesmo ante à perspectiva de alta para o insumo siderúrgico, por conta da iminente interrupção dos embarques, pela chegada de um ciclone na região do Port Hedland, na região noroeste da Austrália.
Reforça a tendência regressiva para a commodity, a preocupação com relação ao recuo das exportações e de recessão na economia chinesa, em meio à renovada disposição de Pequim de limitar a produção anual de aço bruto pelas siderúrgicas (aos níveis de 2022), numa suposta tentativa de conter a especulação de preços do minério de ferro.
Em razão desses fatores, o minério de ferro mais negociado para setembro próximo na Dalian Commodity Exchange da China fechou a sessão de hoje (13) em queda de 3,1% a 769 iuanes ou a US$ 111,89 a tonelada. Já na bolsa de Cingapura, o contrato da commodity para maio próximo baixou 2,3% a US$ 115,55 dólares a tonelada.
Em nota, analistas da Sinosteel Futures observam que “o minério de ferro está enfrentando pressão do controle de preços e os riscos políticos continuam a aumentar”. Enquanto isso, em Port Hedland (Austrália) – principal ponto de exportação de minério de ferro do planeta – é grande a preocupação com a possibilidade de suspensão dos embarques, devido ao ciclone tropical Ilsa, considerado o maior em uma década.
Outro sinal de ‘derretimento’ da commodity foi a queda de 1,5% (a segunda consecutiva) do minério de ferro com teor de 62% de ferro, que passou a ser cotado em US$ 118,95 por tonelada, no Norte da China, de acordo com o índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, acumulando perdas de 6,6% no período de duas semanas e de 1,4% no ano.
Em que pese os indicadores negativos, a produção de aço na China vem apresentando recuperação neste mês, conforme apontam dados da Associação de Ferro e Aço da China (Cisa, na sigla em inglês). Segundo a consultoria Mysteel, as siderúrgicas chinesas responderam pela produção de 2,32 milhões de toneladas de aço bruto por dia nos dez primeiros dias de abril, o que correspondeu a uma alta de 2,7%, no comparativo mensal.
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