Altamira. Os Trabalhadores da Educação. Os 15% de Reajuste e a Greve



 Desde o dia 11 de abril, os trabalhadores da educação pública municipal de Altamira, no estado do Pará, iniciaram uma greve por 15% de reajuste salarial e melhores condições de trabalho. A paralisação, liderada pelo SINTEPP-Altamira (Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em Educação Pública do Pará – Subsede de Altamira), ocorre em resposta à falta de ação do prefeito Claudomiro Gomes (PSB) em garantir o reajuste do piso do magistério e negociar as demais pautas.

A greve da Educação em Altamira tem sido marcada por protestos nas ruas e atos públicos em frente a órgãos governamentais, como o Ministério Público Estadual, para chamar atenção para as reivindicações das trabalhadoras e trabalhadores da educação sobre o piso do magistério, além da revisão salarial dos servidores da educação. 

A categoria também denuncia o descaso com as escolas públicas, falta de materiais básicos como papel higiênico e paralisação de obras. Em 13 de abril, uma nova rodada de negociação ocorreu entre o governo e os trabalhadores da educação. Entretanto, a gestão do prefeito Claudomiro Gomes não apresentou propostas para o reajuste do piso salarial, o que levou a continuidade da greve. 

No último dia 17, os trabalhadores ocuparam a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) de Altamira, intensificando a luta pelas condições de trabalho dos profissionais e por melhorias na educação pública municipal.“É importante ressaltar que a nossa greve iniciou dia 11, então já estamos sofrendo um processo tenso de criminalização, inclusive com um monte de fake news sobre o sindicato e sobre a minha pessoa”, alertou Vitoriano Bill, Coordenador do SINTEPP-Altamira e dirigente da Intersindical Central da Classe Trabalhadora. 

“Eles estavam entrando, inclusive, com pedido da minha prisão”, continuou. Entretanto, Bill também ressaltou que “pela primeira vez estamos tendo uma greve muito forte” na educação de Altamira. 

A greve da Educação de Altamira evidencia a luta dos profissionais por respeito, valorização e garantia de direitos básicos, além de chamar atenção para as condições precárias das escolas públicas e a necessidade de investimento na educação.

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