A Santa Casa. O Bruno Carmona. O “Mar de Lama”. Os Anestesistas. O MPF e a Investigação



 São gravíssimas as denúncias que pairam sobre a gestão de Bruno Carmona na Santa Casa de Misericórdia. A situação já vem sendo denunciada em O Antagônico há vários meses. O caos chegou a tal ponto que o site G1 Pará e TV Liberal, ambos alinhados com o governo do Pará, passaram a publicar matérias reverberando o que já vem sendo mostrado em O Antagônico. Como no caso dos anestesistas suspensos pela Santa Casa, registrado, com exclusividade, por O Antagônico.

Não foi por acaso que nesta quarta-feira, 12, o G1 Pará deu amplo destaque, em uma longa matéria (talvez a maior já publicada pelo site) sobre o escandaloso caso envolvendo os anestesistas e o “mar de lama” que se transformou a gestão de Bruno Carmona, que é visto no meio como uma espécie de “todo poderoso” da medicina paraense.

E não parou por aí. Nesta quinta-feira, 13, o G1 e a TV Liberal voltaram à carga, desta vez mostrando familiares de crianças atendidas pela rede pública de saúde Santa Casa, denunciando a falta de medicamentos há pelo menos cinco meses, “dificultando tratamentos e colocando em risco a vida dos pacientes.”. Mas porque, só agora o grupo afiliado da Globo no Pará enxergou os absurdos que vem acontecendo sob as ordens de Bruno Carmona na Santa Casa ?

A resposta talvez esteja no fato de MPF e MPE abrirem investigação logo após a entrevista dada a O Antagônico por quatro residentes afastados e a ameaçados de expulsão. E foi a entrevista, recordista de visualizações, que embasou a decisão da Coordenação Geral de Residências em Saúde determinado que os residentes retornem às suas atividades “enquanto apura o mérito da denúncia.”

O curioso, na matéria do G1 Pará, é a nota da Santa Casa (leia-se Bruno Carmona), informando que as afirmações de irregularidades alegadas pelos residentes de anestesiologia não procedem. Mais adiante, no mesmo texto, o site afiliado da Globo informa que “em reunião com o presidente da Santa Casa, Bruno Carmona, a então supervisora de anestesiologia, Lena Alencar, o procurador autárquico da instituição e a procuradora do MPF, Nicole Costa, ficou acertado que a Santa Casa se compromete a se retratar acerca da exigência de filiação dos residentes às Sociedades Brasileira e Paraense de Anestesiologia, esclarecendo que tal ato não é obrigatório ou necessário para a conclusão da residência e exercício da especialidade”. 

Trocando em miúdos, em um momento Bruno Carmona nega, e em outro assume que a Santa Casa estava, de fato, está cometendo ilegalidades.

Diante da gravidade dos fatos, O Antagônico, a partir desta quinta-feira, 14, publicará uma série de matérias mostrando as sistemáticas ilegalidades que vem ocorrendo na gestão de Bruno Carmona. Também publicaremos um “retrato 3×4” de Bruno Carmona, para tentar entender porque o mesmo tem tanta força e influência em vários setores da saúde no Pará.

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