O Ministério Público Federal (MPF) enviou ofícios à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e à empresa israelense Cognyte solicitando informações sobre o sistema usado pra monitorar autoridades brasileiras durante o governo Bolsonaro. A ferramenta é capaz de apontar a localização em tempo real de até 10 mil pessoas por ano e foi comprado pelo governo brasileiro, sem licitação, por R$ 5,7 milhões em 2018, ainda no governo Michel Temer.
A compra chegou a ser alvo de um processo administrativo dentro da Abin, mas ninguém foi responsabilizado. Com o pedido, o MPF busca apurar o nível de proteção dos dados privados obtidos pela ferramenta.
De acordo com o MPF, o pedido feito à Abin faz parte da investigação preliminar do órgão sobre possíveis ilegalidades na utilização do sistema, que teria servido para monitorar parlamentares, integrantes do Judiciário, jornalistas e adversários políticos do ex-presidente.
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