Os preços do boi gordo voltaram a subir nas principais praças de produção e comercialização do Brasil. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a China voltou a comprar carne bovina brasileira, o que fez com que as indústrias exportadoras atuassem de maneira mais contundente na compra de gado.
A expectativa é que haja alta dos preços no curtíssimo prazo, uma vez que os frigoríficos operaram durante o período de embargo com escalas de abate encurtadas. No momento a maior necessidade da indústria é de recompor suas escalas de abate. A notícia de que quatro novas plantas foram habilitadas (Jaru/RO; Vilhena/RO; Cruzeiro do Oeste/PR; Colatina/ES) também deve influenciar no mercado e reduzir o diferencial de base entre São Paulo e outras praças.
Em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 295. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 274. Em Cuiabá (MT), a arroba ficou indicada em R$ 252. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 290 por arroba. O mercado atacadista voltou a apresentar preços acomodados para a carne bovina. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda remete a menor espaço para reajustes no curto prazo, em linha com consumo mais discreto durante a segunda quinzena do mês.
Além disso, a carne de frango permanece mais competitiva na comparação com as proteínas concorrentes, em especial com a carne bovina. O quarto dianteiro ainda foi cotado a R$ 14,20 por quilo. Quarto traseiro foi precificado a R$ 20 por quilo, queda de R$ 0,25. Ponta de agulha segue cotada a R$ 14,30 por quilo.
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