Mal reassumiu a cadeira de presidente do Banpará, através de liminar da justiça, Ruth Mello já chegou com “sangue nos olhos” e a “faca nos dentes”. Logo de cara ela trocou a chefe do Núcleo de Controle Interno e Compliance, tirando Marisa de Nazaré Lanoa das Chagas e colocando Alessandra Pinkovai Pereira Monteiro. Antes de reassumir o cargo, Ruth estava afastada em razão de uma investigação interna sobre supostas irregularidades cometidas por ela.
Alessandra havia sido afastada pela auditoria interna do banco do posto de Secretária Executiva de Governança Corporativa por supostamente estar passando informações sigilosas para Ruth sobre a investigação contra ela naquele comitê.
Ruth também trocou seis dos dez membros do comitê disciplinar e destituiu das suas funções três dos cinco auditores responsáveis pelo parecer contra ela no comitê de auditoria. Além disso, ela também tirou de suas funções de chefe do Núcleo de Bioeconomia e Empreendimentos Inovadores o funcionário Adilson Dias, que é membro do conselho de administração e votou pelo afastamento da presidente quando começou a investigação de supostas irregularidades cometidas por ela no fluxo de pagamentos a fornecedores.
Fontes internas dizem que o clima na sede do Banpará é de terror. Os funcionários afetados não foram demitidos, porque são concursados e para isso é preciso um longo e complicado processo, mas tirá-los de suas funções implica redução de bônus e de uma série de outros benefícios.
“A Ruth não perdeu tempo, a retaliação que alguns temiam se concretizou mais rápido que o esperado. Ela ter retirado das suas funções três auditores e o membro do conselho que votou contra ela diz tudo, é ‘batom na cueca’”, comenta um funcionário.
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