Um dia depois de O Antagônico publicar mais um escândalo envolvendo a Fundação Cultural do Pará, o secretário Guilherme Relvas Doliveira, presidente da mesma, foi exonerado do cargo.A portaria de exoneração, assinada pelo governador Helder Barbalho, foi publicada na edição desta sexta-feira,10, do Diário Oficial do Estado. Quem assume a presidência da Fundação é Thiago Farias Miranda.
Na mesma edição do DOE, consta uma portaria do Ministério Público, assinada pelo promotor de defesa do Patrimônio Público e Moralidade, Sandro Ramos Chermont, tornando público a instauração de Procedimento Preparatório, ( mais um) para apurar ilegalidades e irregularidades na execução dos projetos culturais desenvolvidos pela Fundação Cultural do Estado do Pará por contratos firmados com a empresa VM PRODUÇÕES EIRELI-ME (VM PRODUÇÕES E EVENTOS).
Nesta quinta-feira,09, O Antagônico revelou dois contratos firmados com a empresa Palmieri Livraria Amazônica, para “aquisição de livros impressos”. A empresa tem sede em Belém, na Rua do Una, n.º 202, Sala A, no bairro do Telegrafo sem Fio. O primeiro contrato tem o valor de R$ 354 mil reais. O que chama a atenção e salta aos olhos é o valor do segundo contrato: incríveis: R$ 4.552.892,80 (quatro milhões, quinhentos e cinquenta e dois mil, oitocentos e noventa e dois reais e oitenta centavos.
A Palmieri Livraria Amazônica já havia ganho do governo estadual dois contratos de R$ 2,4 milhões cada. Os dois contratos mais recentes foram assinados por Paulo César Mendes de Abreu Palmieri. Um fator que também chama a atenção é que, apesar de abocanhar contratos milionários com o governo, a Palmieri tem um capital social de apenas R$ 25 mil reais.
No ano passado, esta mesma empresa firmou contrato com a Fundação Cultural, no valor de R$ 190 mil reais, cujo objeto foi a aquisição de livros impressos. À época, quem assinou o contrato como representante da Palmieri foi Rafaela Abreu Palmieri, que na terça-feira, 07, foi nomeada para o cargo de “gerente de grupos técnicos”, com lotação no hospital Gaspar Viana.
Em buscas na internet, Rafaela Palmieri aparece como assessora de imprensa da Pró- Saúde, batendo ponto no hospital estadual Galileu Galilei. Na prática, Rafaela, graduada em jornalismo, independente da Palmieri, tinha contrato com o governo e, ao mesmo tempo, era contratada de uma OS, a Pró-Saúde, que geria hospitais do governo. Rafaela é namorada de Leonardo Nunes, lotado na assessoria de imprensa do governo do Pará.
Antes de ser exonerado Guilherme Relvas já era alvo de várias investigações do Ministério público por conta da chancela de contratos milionários e da chamada “Máfia das Lives”. Relvas é o vigésimo quinto secretário exonerado na nova gestão de Helder Barbalho.
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