Nesta terça-feira, 29, as redes sociais ventilaram rumores de que o prefeito de Itaituba, Valmir Climaco, havia falecido. Não passou de boato. O prefeito está internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde o dia 10 de novembro depois de ser acometido por dois AVCs (Acidente Vascular Cerebral). O primeiro ocorreu em Itaituba, quando Valmir foi transferido às pressas para Manaus. O segundo aconteceu já na capital amazonense, quando o gestor foi levado, de UTI aérea, para o Hospital Sírio Libanês, na capital paulista.
Em Itaituba, depois de mais de 15 dias da ausência do prefeito, a Câmara Municipal, como determina a lei, deu posse ao vice, Nicodemos Aguiar. Mas afinal, o que está acontecendo, de fato, com Valmir Climaco e qual o seu verdadeiro estado de saúde ? esta é a pergunta que não quer calar. A última aparição de Climaco foi no dia 20 de novembro, onde o mesmo recebeu, no Sírio Libanês, a visita do governador do Pará, Helder Barbalho.
Na foto, Climaco, que aparece com nítida sequela na face, é ladeado, no leito do hospital, pela esposa Solange Aguiar, Helder e a esposa Daniela Barbalho. Diga-se de passagem que, apesar da informação dos 2 AVCs de Climaco ser pública e notória, até a presente data nem a família e nem a prefeitura se posicionaram sobre o assunto.
Há cerca de 10 dias atrás circularam boatos na região dando conta de que Valmir Climaco estaria intubado. Naquela ocasião, a esposa do mesmo se apressou em gravar um áudio desmentindo a informação e afirmando que Valmir “está bem”.
Suposições à parte, ao que tudo indica a família de Climaco está escondendo da população de Itaituba a verdadeira situação do prefeito. Esta dedução é óbvia porque o gestor itaitubense não passava um dia sequer sem gravar áudio e divulgar em suas redes sociais. E é ai que essa conta não fecha. Se o prefeito está bem porque não fala nada a mais de 15 dias ? Porque a família não traz a público o boletim médico divulgado diariamente pelo Sírio Libanês.
O silêncio de Climaco leva a muitas ilações e conjecturas. Uma delas aponta para a probabilidade do quadro de saúde de Valmir ser irreversível, fator que justificaria a família está omitindo a verdade da população, no intuito de deter a “chave do cofre” e manipular o vice prefeito, até o final do mandato. Tais ilações poderiam se dissipar se a família viesse a público e apresentasse provas concretas de que Valmir estaria, de fato se recuperando, e não estado “vegetativo”, como já sugerem alguns.
O que é um Acidente Vascular Cerebral ?
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. É uma doença que acomete mais os homens e é uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo. Quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento do AVC, maiores serão as chances de recuperação completa. As seqüelas mais comuns são paralisia total ou parcial (de um lado do corpo, esquerdo ou direito), dificuldades para falar e/ou compreender o que é dito, e problemas visuais e de memória.
Existem dois tipos de AVC, que ocorrem por motivos diferentes: hemorrágico e isquêmico. O AVC isquêmico, caso do prefeito de Itaituba, ocorre quando há obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais, que acabam morrendo. Essa obstrução pode acontecer devido a um trombo (trombose) ou a um êmbolo (embolia). O AVC isquêmico é o mais comum e representa 85% de todos os casos.
O AVC hemorrágico ocorre quando há rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia. Esta hemorragia pode acontecer dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge. É responsável por 15% de todos os casos de AVC, mas pode causar a morte com mais frequência do que o AVC isquêmico. A pessoa com alterações decorrentes de um AVC pode apresentar diversas limitações e a recuperação é diferente em cada caso. A recuperação pós AVC geralmente leva tempo e o progresso pode ser lento e longo, pois em determinados casos o paciente precisa reaprender a caminhar, falar, ler, escrever, alimentar-se, etc. Uma nova rotina se inicia neste momento, diferente da maneira como era o modo de vida antes do AVC.
Depois de ter um AVC a pessoa pode ficar com várias sequelas ligeiras ou graves, dependendo da região afetada do cérebro, assim como do tempo que essa região esteve sem receber sangue. A sequela mais comum é a perda de força, que pode acabar causando dificuldade em andar ou em falar, que são consequências que podem ser temporárias ou permanecer para toda a vida. Para reduzir as limitações causadas pelo AVC pode ser necessário fazer fisioterapia, terapia da fala e estimulação cognitiva com ajuda de um fisioterapeuta, terapeuta da fala ou enfermeiro para ganhar mais autonomia e recuperar, pois inicialmente a pessoa pode ficar muito mais dependente de outra pessoa para realizar as tarefas do dia-a-dia, como tomar banho ou comer.
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