O Carro. Os R$,2,5 Milhões. O Aldo Lacerda. A Carteira Institucional. O Deputado do Amapá


 O Antagônico revela agora a identidade do homem preso com R$ 2,5 milhões de reais na mala de um veículo, na rodovia BR 010, em Ulianópolis. Trata-se de Aldo Furtado de Lacerda, de 49 anos. Ele virou alvo de inquérito instaurado pela Polícia Federal. A principal suspeita é lavagem de dinheiro. Segundo apurou o Antagônico, Aldo teria ligação com o deputado federal do Amapá, Acácio Favacho, do MDB. Os pacotes de dinheiro continham papéis com nomes de mulheres.  

O brasiliense conduzia um Toyota Corolla preto quando foi abordado durante fiscalização na terça-feira (11/10). O veículo está em nome da mãe do suspeito. Aldo Lacerda é velho conhecido da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Em 2012, ele foi preso em flagrante por homicídio qualificado. O crime ocorreu em Samambaia, região onde a família do condutor mora. À época, Aldo pegou um revólver calibre .38, cromado, colocou na cintura e, acompanhado do irmão, perseguiu e matou Luís André Praça. Os disparos teriam sido feitos pelo irmão de Aldo, Diego Lacerda.

Uma irmã da dupla chegou a entrar na frente de Diego e Aldo. Pediu que parassem com aquilo, mas Diego continuou atirando, enquanto a vítima corria. Ainda de acordo com familiares, Aldo tinha sido ameaçado de morte pela vítima dias antes do assassinato.

Em 2014, Aldo Lacerda foi nomeado como comissário de proteção da Vara da Infância e Juventude do DF. Os agentes de proteção da infância e da juventude são credenciados, honorificamente, pelo juiz titular da Vara da Infância e da Juventude. São auxiliares do trabalho da Justiça infanto-juvenil na defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes, atuando em ações de fiscalização, orientação e proteção. Os agentes desenvolvem trabalhos educacionais e preventivos.

A Polícia Federal (PF) apura as circunstâncias que levaram o motorista a transportar R$ 2.508.500 em espécie, em caixas de papelão, no Pará. Com carro de placa do Distrito Federal, o condutor foi flagrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Por meio de nota, a PF ressaltou que, na tentativa de esclarecer a hipótese criminal, adotou “as primeiras medidas de polícia judiciária no tratamento inicial da ocorrência”, com oitivas, apreensão de aparelhos telefônicos e da quantia em espécie. 

Em complemento, a PRF informou que o condutor tinha credenciais de acesso ao Congresso Nacional e que a apreensão pode ser a “ponta de um iceberg”. Durante a abordagem policial, o suspeito não soube informar a origem da quantia e acabou detido. Ele chegou a apresentar a carteirinha da Vara da Infância e Juventude. A equipe também notou contradições nas respostas dele sobre o trabalho que exerce e a motivação da viagem. Questionado quanto à origem do dinheiro, o suspeito ficou nervoso e afirmou que seria “proveniente de atividades com aluguéis de carros”.

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