O 1º Turno. A Ressaca Eleitoral. Os Derrotados Bem Votados


 O primeiro turno das eleições de 2022 trouxe grandes surpresas no Pará. Candidatos que receberam votação expressiva, mas que não conquistaram o almejado mandato. Na ordem de grandeza temos Zequinha Marinho, do PL, que concorreu ao governo do Pará obtendo 1.201. 079 votos. Mesmo derrotado pela esmagadora votação de Helder Barbalho, o governador mais votado do Brasil proporcionalmente, com 3.117.276 votos, Marinho segue no jogo, uma vez que retoma seu mandato de senador, que só expira em 2026. 

Outro que teve votação expressiva foi Mário Couto, que concorreu para o senado e obteve 1.485. 453 votos, perdendo a vaga para o petista Beto Faro, cuja campanha foi uma das mais caras do Brasil, obtendo incríveis 1.781.582 votos. Couto será figura importante para o presidente Jair Bolsonaro no segundo turno. 

Por outro lado, um copo até aqui de mágoa é o que restou das candidaturas ao senado de Manoel Pioneiro, que teve 390.959 votos e Flexa Ribeiro, 307.481 votos. Pioneiro e Flexa, que até bem pouco tempo eram das fileiras do PSDB, se sentem traídos pelo governador Helder Barbalho, que ao detectar o crescimento da campanha de Mário Couto, aos 47 do segundo tempo deu ordens aos seus prefeitos para pedirem votos para Beto Faro.

Já na campanha para deputado federal o estrago foi ainda maior, tirando de cena velhos parceiros e partidos que se aliaram ao governador. Hélio Leite teve 97.967 mil votos e não se elegeu, ficando na primeira suplência do União Brasil. Vavá Martins, do Republicanos, foi outro aliado de Helder que ficou no meio do caminho, mesmo obtendo significativos 103. 449 votos. 

O mesmo se pode dizer de Cristiano Vale, do PP, que teve 100.345 votos e que também ficou de fora do jogo. Márcio Miranda, que caiu no conto do pastor, foi seriamente prejudicado pela falta de tempo de TV e rádio, obtendo 62.499 mil votos. Mas Miranda não caiu sozinho. Sua baixa votação teve um lado de vingança, uma vez que não completou a votação suficiente para eleger o 1º mais votado do partido, não por acaso, Paulo Bengtson, filho do pastor Josué Bengtson, que teve 99.804 votos. 

As urnas também fizeram outras vítimas. É o caso da ex-governadora Ana Julia, do PT, com 48.662 votos; Delegado Eguchi, do PL; 45.720 votos, Ursula Vidal, do MDB, 29.655; Eduardo Costa, do PSD, 58.420; Lena Pinto, do PSDB, 93.841 votos; Cássio Andrade, do PSB, 85.612 votos; Miro Sanova, do PDT, 57.928 votos, Vivi Reis, do Psol, 53.353 votos; Marinor Brito, também do Psol, 49.835 votos; Giovani Queirós, do PDT, 38.478 votos; Julia Marinho, do PSC, 34.489 votos; Goleiro Vinicius (do Remo), do Republicanos, 17. 970 votos; Arnaldo Jordy, do Cidadania, 17.411 votos e o Braselino do Banpará, com 8.662 votos.

Para deputado estadual o bloco dos derrotados é quilométrico. Começando por Celsa Brito, do MDB, esposa do prefeito de Santarém, que teve apenas 38.285 votos. Em seguida temos Junior Hage, do PP, com 44.900 votos; Eliel Faustino, do União Brasil, com 35.924 votos; Dra Eloisa, do PSDB, com 35.315 votos; Professor Maneschy, do PSDB, com 33.711 votos; Professora Nilse, com 33. 568 votos; Jarbas Vasconcelos, do MDB, com 32.295 votos; Ozório Juvenil, do MDB, 28.709 votos; Torrinho, do Podemos, com 20.865 votos; Michele Begot, do PSD, com 19.263 votos; Scaff, do Podemos, com 16.531 votos; Jorge Panzera, do PCdoB, com 13.016 votos; Soldado Tercio, do Republicanos, com 12.433 votos e Sancler Ferreira, do PSC, com 12. 293 votos.

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