A Sespa. A Greice Mokarzel. Os Plantões. As Viagens. As Rachadinhas


 Depois da ressaca da retumbante vitória nas urnas Helder Barbalho se vê às voltas com problemas sérios dentro de secretarias estaduais. Vejam só !! Aterrissou na redação de O Antagônico graves denúncias envolvendo a prática de rachadinhas na Divisão de Serviços Gerais da Secretaria de Estado de Saúde do Pará, SESPA. 

Em um longo relato, uma servidora contou que a diretora da Divisão, Greice Mokarzel, seria a chefe do esquema. De acordo com a denúncia, as “rachadinhas” acontecem de forma corriqueira e a situação já teria chegado ao conhecimento do secretário Rômulo Rodovalho, que é delegado licenciado da Polícia Federal, e também do adjunto, o coronel Ariel Dourado Sampaio Barros. A Divisão compreende a Recepção e a Zeladoria da SESPA. 

“Na época em que a situação veio a tona o coronel Ariel Dourado interrogou, de forma truculenta, vários servidores efetivos, tratando-os como “vagabundos”.” 

Disse a denunciante frisando que o esquema ocorre através de valores pagos por plantões e diárias de viagens e muitos servidores, a grande maioria efetivos, seriam obrigados a participar. 

“São apontados plantões a mais nas planilhas e a Greice fica com a metade dos valores. Quando essa denúncia estourou dentro da Sespa, a Greice, que é protegida por uma coronel, disse que não ficaria mais com a metade, porém não daria mais plantões pra gente”. 

Diz a denunciante, frisando que quem topava participar do esquema também recebia diárias de viagens, em geral uma semana, sempre os PSS repassando metade do valor para Greice, situação que também foi encerrada depois que a história vazou dentro da secretaria. 

“Eu me sentia roubada. A gente era obrigado a repassar os valores pra conta dela.” 

Afirma a denunciante pontuando que o coronel “passa a mão” na cabeça de chefes de setor que praticam assédio moral contra servidores. 

“Fomos vítimas de reuniões abusivas por parte da Greice. Ela dizia que já tinha lidado até com “preso”, e não era uma turma de servidores que ela não iria por “nas rédeas”. 

Prossegue a denunciante afirmando que em uma determinada viagem Greice Mokarzel teria apresentado uma carta falsa atestando que estava transportando vacina. 

“Tudo para não pagar a passagem da balsa, um valor pequeno.”

De acordo com a denunciante, depois que o esquema chegou ao conhecimento do alto escalão, vários servidores efetivos foram transferidos para outros setores da SESPA. 

“Os servidores não queriam trabalhar com a Greice porque ela ameaçava quem não fizesse o jogo dela. Além disso, ela não cumpre horário e aponta plantões fictícios pra ela mesmo”. 

Afirma a denunciante frisando que Greice obrigava os funcionários a cumprir carga horária, regra que não servia para a mesma. 

“Basta investigar que vão ver que existe situações de 10 plantões apontados para ela. Não existe isso. Nenhum servidor cumpre 10 plantões”.

Diante da gravidade das denúncias O Antagônico enviará todo o teor da denúncia ao Ministério Público do Pará. Reiteramos que o espaço está aberto para, caso queira, a SESPA se posicione sobre os fatos denunciados.   

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