Marajó. A Tragédia Anunciada. Os 20 Mortos. A Revolta e a Caça aos Culpados

 


A tragédia do Marajó, naufrágio que ceifou a vida de 22 pessoas, não pode passar despercebida. Afinal, não é de hoje que tragédias marítimas vêm ocorrendo nos rios da Amazônia, sem a responsabilização e punição dos culpados. Mas quem são de fato os culpados ? Apesar dos municípios do arquipélago do Marajó terem os rios como principal via de transporte e locomoção, não se pode responsabilizar os prefeitos das cidades como responsáveis pelas tragédias. Até porque o órgão responsável, de fato e de direito, pela fiscalização do transporte marítimo no Pará é a Arcon.

Por assim dizer é injusto e precipitado condenar ou apedrejar um gestor municipal por um naufrágio ocorrido nos rios do Marajó. Até porque, infelizmente, apesar das vidas perdidas na tragédia, essa não é a primeira e certamente não será o última. Isso porque, o naufrágio de Cotijuba já era o quarto registrado em menos de 15 dias na rota Belém-Marajó. Apesar das tragédias anunciadas, os naufrágios no Marajó são rotineiros.

Em janeiro deste ano, uma lancha que saiu de Belém com destino à cidade de Ponta de Pedras, no Marajó, naufragou, na baia do Guajará. Felizmente, o naufrágio não teve vítimas fatais. Os 70 passageiros conseguiram sair da embarcação antes que ela fosse a pique. Barcos que passavam próximo ao local do naufrágio prestaram socorro.

Em dezembro do ano passado, 4 pessoas morreram no naufrágio de uma embarcação em santa Cruz do Arari. Das quatro vítimas fatais, 3 eram crianças. Em 2016, nove pessoas morreram no naufrágio da lancha Luar C, ocorrido na Baía do Marajó, entre os municípios de Barcarena e Ponta de Pedras. Em 2013 o barco Leão do Norte naufragou no rio Arari, com 60 passageiros a bordo. O naufrágio tirou a vida de 12 pessoas.

Comentários