Apesar dos jornais Diário do Pará e Liberal, por razões óbvias, “dourarem a pílula”, a verdade nua e crua é que o senador Jader Barbalho desmaiou na manhã de ontem, quando participava de uma carreata do filho, o governador e candidato à reeleição Helder Barbalho. Jader estava na carroceria de um caminhão, juntamente com toda a turma, Helder, Jader Filho, Elcione, filhos, netos, parentes e aderentes, quando “apagou”, sendo socorrido por uma ambulância da Hapvida, que passava pelo local. O ocorrido se deu na Almirante Barroso, em frente ao IFPA, antiga Escola Técnica.
Jader foi levado para o hospital mais próximo, o Porto Dias, onde segue internado sem previsão de alta. Jader Barbalho é diabético e tem sérios problemas no fígado. O desmaio de Jader Barbalho só reforça os rumores sobre a fragilidade do estado de saúde do pai do governador. Mais ainda. A insistência de Helder em impor a participação de Jader em seus eventos de campanha acendem o alerta do desconfiômetro sobre as pesquisas que mostram o governador em larga vantagem sobre os seus adversários.
No tocante a situação de Jader Barbalho os fatos falam por si: o senador está com idade avançada, 77 anos, não tem mais a mesma verve política e já não consegue comparecer e discursar em locais com a presença de muitas pessoas. Foi assim na chamada “convenção do milhão”, onde o mesmo, com voz cansada e pausada, discursou por menos de 4 minutos. Na visita de Lula, Jader não compareceu, nem no Teatro da Paz, nem na Marine Clube. No senado federal há muito que ele não dá as caras por lá.
Os rumores sobre os problemas de saúde de Jader Barbalho iniciaram a partir de 2008, quando se internou no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para uma cirurgia de tireoide. Em 2016, o jornalista Lúcio Flávio Pinto publicou uma nota frisando que a situação era séria e preocupava os familiares. Àquela altura, foi identificado um tumor na parte frontal do cérebro do senador. O tumor seria benigno, mais exigiu aplicações de radioterapia, que provocam vários efeitos colaterais. Um deles, agravado pelo diabetes, é o comprometimento da visão, que está sendo progressivamente reduzida.
“Essas restrições instalaram no senador peemedebista um processo depressivo. Ele passou a evitar as viagens de avião, o que fazia rotineiramente. Daí sua ausência de Brasília, para onde só vai quando não tem qualquer alternativa. O que acarreta prejuízos para a sua atividade política.”
Escreveu o jornalista à época, pontuando que o silêncio da família não seria uma estratégia para proteger Jader da Operação Lava-Jato ou qualquer iniciativa que o tivesse como alvo. O estado de saúde de Jader seria realmente grave.
Ainda em 2016, Jader comunicou em sua página no Facebook que não poderia comparecer à sessão de votação de admissibilidade do processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff em função do “tratamento de radioterapia de um Adenoma de Hipófise (que já estava comprimindo meu nervo ótico). E que, por recomendação médica, “não pode ser interrompido por um dia sequer”, escreveu o senador.
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