O Clã Barbalho. Os Maiorana. Tomé Açú. O Dendê. A Briga de Foice e a Tragédia Anunciada


 Há uma semelhança grande entre os Barbalho e os Maiorana. Eles são raivosos e vingativos. É fato! Mas Helder tem ajudado os Maiorana, leia-se, Ronaldo Maiorana, a saborear o prato frio da vingança, claro, por interesse próprio, o político, de se reeleger governador do Estado, nem que, para isso, tenha de de passar por cima de princípios basilares da lei, da ordem e da Justiça.

Vamos aos fatos: a região de Tomé-Açu, que envolve os municípios de Tomé-Açu, Bujaru, Concórdia do Pará, Acará e Moju, está em pé de guerra, tendo de um lado as comunidades tradicionais, representadas por indígenas Tembé, quilombolas e ribeirinhos, e do outro as empresas que cultivam e beneficiam frutos frescos de dendê para produção de biodiesel, cosméticos e outros. Quem começou essa atividade foi a Mineradora Vale, que depois, repassou o milionário empreendimento para a Biopalma e, depois, para a Brasil Bio Fuels Reflorestamento, Indústria e Comércio S/A (BBF RIC). Ocorre que o jornalista, advogado e empresário Ronaldo Maiorana queria porque queria comprar as fazendas da Biopalma e assumir o negócio na região de Tomé-Açu. O negócio não se concretizou, a BBF assumiu o espólio e Ronaldo ficou furioso.

As comunidades tradicionais são acusadas de promoverem saques às propriedades privadas, para roubo de frutos frescos de dendê e, nessa atividade, já fizeram trabalhadores reféns, queimaram máquinas e outros equipamentos, saquearam fazendas e revenderam a produção roubada para várias empresas concorrentes que atuam na região, fora da legalidade.

Os crimes são denunciados à Polícia Civil, por meio das delegacias de polícia de Acará, Tomé-Açu e Quatro Bocas, mas as autoridades policiais silenciam e não tomam qualquer providência como abertura de inquéritos. Por várias vezes o delegado geral Walter Rezende foi instado a falar, assim como o coronel Dilson Júnior, comandante geral da Polícia Militar, mas é clara a omissão e o silêncio do Estado.

Os jornais Diário do Pará, da família Barbalho, e do Grupo Liberal, da família Maiorana, não escrevem uma única linha sobre os conflitos, que podem redundar em uma tragédia anunciada. Do lado dos Maiorana, o silencio é porque Ronaldo foi preterido em relação à BBF, empresa que ele odeia e quer ver longe do Pará; dos Barbalho, para evitar feridas na combalida campanha da reeleição de Helder Barbalho, o candidato do MDB e da Convenção do Milhão.

Se a BBF ou as comunidades tradicionais estão certas em suas causas, isso não nos cabe julgar. Mas há coisas acontecendo por lá por Tomé-Açu, que deveriam ser apuradas pelas autoridades de Segurança Pública sob o comando de Helder Barbalho. Mas isso, caros leitores, como até as pedras sabem, está longe de se tornar realidade.

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