A NBet. Os Clubes. As Prisões. O Andy. O Leleco. O Fabão. MC Loro e o Vitor Magalhães

 


Ainda tem muito a ser revelado, muita gente envolvida e muito neguinho com “as barbas de molho”, após a operação “Apate II”,  da Polícia Civil do Pará, em conjunto com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul que prendeu três empresários no Pará. O grupo lavava dinheiro do tráfico de drogas por meio de empresas e associações de fachada, dentre elas a NBet Pará. Em pouco mais de um ano, o bando movimentou mais de R$ 150 milhões. 

Os policiais apreenderam valores em reais, euros e guaranis (moeda do Paraguai), além de quatro veículos de luxo. Um dos presos é Fernando Araújo de Castro, conhecido como “Andy”. Os outros dois presos são Leleco, preso em Belém, e Fabão, preso em Imperatriz, no Maranhão. O curioso é que apenas o Grupo Liberal deu publicidade a operação, sendo que o Grupo RBA, da família do governador, quedou-se em silêncio. 

A delegada Ana Paula Mattos, que preside o inquérito, disse que a investigação teve início em 2020, tendo como alvo um complexo sistema de lavagem de dinheiro nos Estados do Pará, nos municípios de Tailândia e Belém, e em outros Estados, como São Paulo e Rio Grande do Sul. Os empresários presos tinham ligações com a empresa Nbet, que mantinha contratos de patrocínio com clubes do Pará, dentre os quais Remo e Paysandu. 

Após a operação policial, um fato chamou a atenção na porta da Delegacia de Combate à Corrupção, que fica dentro da Delegacia Geral da Polícia Civil, em Belém : o ex-candidato a vereador Vitor Magalhães (PP) e o cantor MC Loro intimidaram a equipe da Redação Integrada de O Liberal, que trabalhava na cobertura da ação. Em plena delegacia, na frente de policiais, a equipe chegou a ser ameaçada por homens e coagida a apagar as imagens produzidas para a reportagem. Repudiando o ocorrido, os profissionais farão o registro do fato em boletim de ocorrência e acionarão o Sindicato dos Jornalistas para providências. Segundo a PC, Vitor e MC prestaram depoimento porque teriam recebido depósitos suspeitos da ação, mas não necessariamente estariam configurados na associação.

A primeira etapa da Operação Apate foi executada em dezembro de 2020, quando um homem foi preso durante uma ação de combate à lavagem de dinheiro no município de Tailândia, nordeste do Pará. Na época, a Polícia Civil cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em residências da cidade. As investigações apontaram que o suspeito, que respondia em liberdade provisória pelo crime de tráfico de drogas, estaria movimentando R$ 3 milhões nos primeiros últimos dois anos, segundo a PC. O dinheiro tinha origem em um esquema de lavagem de dinheiro.

Com informações do jornal Amazônia 

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